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Tornou-se snob criticar os professores. Como se fossem os responsáveis pelas passagens administrativas para cumprir metas europeias por via de um facilitismo terceiro-mundista.

7 comentários:

  1. Facilitismo não.Mas é evidente sempre haverá familiares e amigos com benefícios.Quanto ao ensino devia discutir-se mais o conteúdo e meteodologia e dialogar com representantes dos ProF e Ministério sobre melhor forma de chegar a avaliações isentas e por gente competente, capaz de conhecer efectivamente o ensino e com isenção avaliar os docentes.

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  2. Mais grave do que a injustiça das avaliações dos professores ou as falhas de um sistema educativo moribundo e ineficiente (do ponto de visto educacional, não do ponto de vista estatístico de chumbos/passagens) é a total desresponsabilização dos pais e da negligência que estabelecem aos seus filhos.
    A Escola nunca resolverá o que em casa não se adquire!
    JMP

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  3. Portugal está mal e a culpa é dos professores. Finalmente diagnosticamos o problema! Acabe-se com os professores. Ninguém precisa de educação. Temos políticos honestos e competentes, isso é o que interessa!!!

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  4. Este é um cenário em que faz todo o sentido a velha máxima de dividir para reinar. Elegem-se algumas classes, apontam-se-lhes os privilégios e consegue-se mobilizar uma boa parte da opinião pública contra elas.

    Já constámos que o arrastar crónico do país é culpa dos funcionários públicos, que encontram sempre um artigozito que lhes permite ir de férias ou então ficar na “repartição” a fazer tudo menos trabalhar. São uns mandriões, diz-se. Dedução lógica: é bem feita que lhes tramem a vida.

    Já verificámos que os professores são claramente os responsáveis pela ineficiência do nosso sistema de ensino, pois estão sempre dispostos a faltar. São uns incompetentes, pensamos. Dedução lógica: é bem feita que lhes tramem a vida.

    Já percebemos que o que vai mal na saúde se deve aos médicos, que também passam o tempo em férias à custa dos laboratórios e afins ou então a desviar utentes do SNS para os seus consultórios. São uns interesseiros, argumenta-se. Dedução lógica: é bem feita que lhes tramem a vida.

    Já vimos que os males da justiça se devem aos juízes, que passam igualmente o tempo de férias ou então a ler romances em vez das resmas de processos que se acumulam nos seus gabinetes. São uns privilegiados, ouve-se. Dedução lógica: é bem feita que lhes tramem a vida.

    Já entendemos que os problemas no mundo da comunicação se devem aos jornalistas, habituados também a férias pagas por alguém a troco de uma noticiazinha favorável. São uns vendidos, asseguramos. Dedução lógica: é bem feita que lhes tramem a vida.

    Já notámos que a culpa da insegurança é dos agentes da autoridade, uns barrigudos que preferem ficar dentro de portas em frente a computadores que não sabem utilizar em vez de andarem na rua. São uns medricas, afirmamos. Dedução lógica: é bem feita que lhes tramem a vida.

    Os empresários querem explorar os trabalhadores, os sindicalistas querem usar o estatuto que têm para nem sequer pôr o pé no posto de trabalho, os políticos querem tacho para ganhar dinheiro porque são uns comedores... e por aí fora.

    Assim é fácil. Basta pegar em alguns maus exemplos que existem em todas as profissões, generalizar à classe inteira e conseguir o apoio da população para medidas muitas vezes gravosas para o futuro do país. E nós vamos aplaudindo alegremente, até que alguém atinge os nossos direitos. Mas, aí, o mais provável é que os outros aplaudam a nossa desgraça. É triste nivelar por baixo!

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  5. Alguém disse: A Escola Pública é de toda a comunidade educativa e os Professores são o seu pilar, mas não é um feudo do poder dos Professores.

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  6. o comentário da lois lane é tão verdadeiro que nem precisa de glosas, só subscrições...

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  7. Tornou-se foi, isso sim, fácil estar do lado deles... É moda!

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