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ASPA Volta a Denunciar Abandono das Sete Fontes

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«Mais de treze anos passados sobre os primeiros atentados ao património das 7 FONTES - Sistema Setecentista de Abastecimento de Água à Cidade de Braga - a ASPA, quando em Maio de 1995 pediu ao IPPAR a sua classificação, viu finalmente reconhecida pelo Governo essa pretensão em 29 de Maio de 2003, com a classificação de MONUMENTO NACIONAL. Isto é, a partir de então, as 7 FONTES passaram a integrar a lista de monumentos nacionais e a estar debaixo das mesmas medidas de protecção e garantias onde figuram, por exemplo, o Mosteiro dos Jerónimos, a Sé de Braga e o aqueduto das Águas Livres, entre muitos outros.

Desde então, o monumento nacional tem vindo a degradar-se por desinteresse efectivo das autoridades autárquicas locais - exceptuando, honra seja feita, a Junta de Freguesia de S. Vítor e o seu Presidente – que até agora não alteraram o PDM em função na nova realidade, e do Governo da República por não ter agido pró-activamente face às ameaças imobiliárias que continuam a pairar sobre este valor artístico, científico e ambiental da cidade, da região e do País.

A ASPA vem uma vez mais publicamente alertar e denunciar a todos os seus concidadãos para as mais recentes ameaças imobiliárias que se têm insinuado para o local, ainda que estas surjam mascaradas por projectos filantrópicos ou aparentemente vantajosos para a comunidade.

Tal como infelizmente vem sendo habitual, mais a mais agravado pelo facto das 7 FONTES serem do domínio público, os arvorados projectos que vêm sendo anunciados para o local não são do conhecimento público. Isto é, nunca foi divulgado à comunidade qualquer projecto, desenho, esboço ou directivas de ocupação do solo para além das ameaçadoras afectações que estão previstas em sede de PDM.

A ASPA mais não pretende que se cumpra a lei. A ASPA reclama da abertura de acessos a instalações sem autorização do IGESPAR, mexidas de terras de duvidosa legalidade e, sobretudo, exige civicamente, sobre qualquer interesse privado ou circunstância estranha à integridade das 7 Fontes, que se impeça qualquer construção sobre a área de protecção definida nos termos da lei.

A ASPA entende que os bracarenses não são ignorantes nem devem nada a ninguém. As 7 FONTES pertencem aos bracarenses, pelo menos, desde há dois mil anos, pelo que não é qualquer um dos proprietários de terrenos envolventes ao complexo que pode oferecer ou condicionar um bem de que não dispõe.

Por fim, a ASPA, como é seu timbre de há trinta anos a esta parte, informa todos os intervenientes que se manterá vigilante e intransigente na defesa do património de Braga e do País e denunciará publicamente todas as acções lesivas que se verificarem e, se for caso, accionará os mecanismos legais que estiveram ao seu alcance.

A ASPA não se deixará iludir nem intimidar por apetites imobiliários dissimulados em finalidades supostamente generosas, tanto mais que está convicta que não pode haver futuro credível para as novas gerações se este assentar na subtracção do espaço público, na destruição da herança artística, no aviltamento da memória científica e num atentado ao ambiente.»

1 comentário:

  1. ASPA could be a bit more pedagogical in their approach. Simply by showing people what they are talking about. Some pictures would not hurt. But sofar they seem to refuse to resort to pictures or using any modern means of showing pictures with geographic references.

    See this text:
    http://www.aspa.pt/entreaspas/ea20010604.htm

    And some pics to go with that:
    http://www.panoramio.com/user/71024/tags/Sete%20Fontes

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