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O Culto da Personalidade

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Conhece algum jornal cujo dono apareça na capa durante 4 dias seguidos? Passou a conhecer. O Diário do Minho é um jornal privado e, como tal, livre de fazer as capas que entender. Quem pensa que os jornais servem para informar de forma independente pode começar a tirar as suas conclusões. E, além do mais, tanta redundância torna-se bastante enfadonha. Já pensaram o que seria se a SIC abrisse o Jornal da Noite com o Pinto Balsemão durante 4 dias seguidos? Este Diário do Minho dava um case-study...

13 comentários:

  1. bem visto! talvez não devessemos chamar-lhe jornal...

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  2. cá no burgo não se passa nada.Se não fossem assim como seria preenchida a capa? o DM ainda o preenche com o dono mas,o CM, é com o alcaide e ajudantes

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  3. Não se pode esperar mais de uma folha "Paroquial Diária", só que a Paróquia é a cidade de Braga onde o regedor à quase 32 anos no poder vai regularmente receber a benzedura.
    Confirma-se a regra que a padralhada está sempre ao lado do poder, e o poder por interesses inconfessáveis lá vai bajulando a padralhada.

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  4. O Correio pode ser mais sensacionalista e não sei quê... mas o Diário, enfim.

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  5. Não penso da mesma maneira.

    Ou melhor: que é enfadonho, é. Não é uma boa estratégia por parte do Jornal fazer quatro capas seguidas sobre este tipo de assuntos.

    Já quanto ao "Quem pensa que os jornais servem para informar de forma independente pode começar a tirar as suas conclusões.", não posso concordar.

    Toda a gente sabe o jornal que é, toda a gente sabe que é um jornal da Igreja. E, como não poderia deixar de ser, uma das suas magnas funções é o de divulgar o seu pensamento, a sua actividade.

    Não vejo, mesmo, problema nenhum.

    De certeza que, aquando da autorização para a formação do jornal, se sabia que isto aconteceria, como uma coisa absolutamente normal.

    ...

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  6. O pasquim chamado diário do minho é mau...muito mau. Mas o pasquim chamado correio do minho é pior...muito pior. Enfim, mas como diz o povo: para quem é bacalhau basta.

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  7. Não concordo, Pedro.

    - O DM é um jornal de inspiração cristã. Uma opção assumida e legítima;

    - D. Jorge Ortiga, neste contexto informativo, não é o "dono" (nem administrador ou algo que se pareça), mas sim uma personalidade destacada da religião católica - Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa;

    - Existem jornais doutrinários (e não quero dizer que seja o caso) cujo objectivo principal não é o de informar de forma independente. Tudo depende do estatuto editorial;

    - Usando o mesmo termo de comparação: Quando Pinto Balsemão foi Primeiro-Ministro, se existisse uma SIC em que ele não fosse administrador (mesmo que accionista), não chocariam 4 aberturas de telejornal.

    Pedro, os media não vivem num colete de forças... felizmente.
    Quem os consome é que deve saber o que quer.

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  8. É o jornal da Igreja, isso toda a gente sabe. Mas tem obrigação de isenção.

    O Pinto Balsemão é dono de uma grande empresa como o Arcebispo é líder de uma associação de interesses.

    Se a SIC abrisse o telejornal 4 dias seguidos a dizer:

    "Presidente da Impresa acha que os hipermecados devem abrir ao Domingo"

    "Presidente da Impresa acha que a televisão é muito importante para o humanismo"

    "Presidente da Impresa acha que a Mensagem do Papa não foi repressão aos bispos"

    "Presidente da Impresa acha que a Cimeira com África foi importante"

    Se isto acontecesse, o que é que vocês diziam???

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  9. Eu conheço!
    Passou-me já pelas mãos uma edição de aniversário de um "jornal" de sua graça "Povo de Fafe";
    Esta edição - se bem que era uma edição de festa e regozijo - continha 25 fotografias.

    O director/cronista/entrevistador/isto/aquilo surgia em 17 das 25 imagens.

    O jornal fôra já distinguido com a medalha de mérito da CM Fafe.

    O porte pago era pago pelos contribuintes (serei ainda obrigado a pagar a circulação desta pérola?);

    Dario Silva

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  10. tb me parece que o Dminho é transparente na sua relação com os leitores. Ninguém se pode sentir enganado ou desinformado por ler o jornal, que desde sempre se assume como de inspiração cristã. Já em relação ao CMinho as coisas são bem diferentes. Por detrás de um projecto empresarial esconde-se um projecto político a favor dos poderes instalados. O DMinho, dentro das suas limitações, ainda vai dando umas notícias

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  11. Este é um exemplo mais que explícito da corrente que arrasta o jornalismo em geral. Por mais que os profissionais da área lutem pela isenção essêncial à prática da sua actividade,existem contingências que dificilmente conseguem ultrapassar.Mas, apesar disso, o bom jornalismo continua a ser possível e, apesar de ter muitos aspectos a melhorar, o Diário do Minho ainda não é do pior do que por cá se faz. O que dizer então do Correio do Minho que, na passada semana, sexta-feira, calculo, apresenta uma página simplesmente risível: do lado esquerdo um conjunto de quatro breves que informavam sobre convívios de Natal de empresas ou associações locais, sendo que uma delas acontecia às «12 e 30 horas» (temos nova forma de gestão do tempo???). Ao lado, em destaque, com fotografia a cores, um extraórdinário fenómeno de uma abóbora gigante. Em baixo, entalada entre anúncios públicitários a notícia (????) de um concerto de pianistas do Theatro Circo (do tamanho das breves anteriormente referidas) e a informação sobre um novo programas de entrevistas de uma rádio local.
    Mas o Correio do Minho começa a deixar de ter razões para se preocupar, uma vez que um novo fenómeno "O Balcão" está aí para o substituir na posição de pior "jornal" produzido em Braga.
    Se ainda não o fizeram, aconselho a que não percam tempo. Vale a pena ler, principalmente algumas peças escritas num português com tendências abrasileiradas. Mas o mais engraçado é que essas tendências se revelam até nas citações de fontes...Razão para perguntar, será que são mesmo citações das fontes que, estusiasmadas, se deixam levar pelo sotaque do repórter ou será que o repórter não tem tempo para ouvir as fontes e depois dá o seu toque pessoal? Mas lá por ser mediocre vale sempre a pena ler, quanto mais não seja, para aprender como não se deve fazer.

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  12. Ainda gostava de ver estes comentadores, quais virgens ofendidas, reclamar pelo estatuto de jornal da Igreja Católica... Se fosse um jornal de assumida inspiração socialista e fizesse quatro manchetes consecutivas com a fotografia de Mesquita Machado, cairia "o carmo e a trindade"... Assim, o diário dos padres tem todo o direito a idolatrar o seu dono e inspirador-mor, bem como a privilegiar a informação de alguma oposição... Não sei porquê, mas um simples comunicado do Bloco ou do PCP, quando não é reduzido a dois parágrafos, vai parar ao lixo...
    É certo que, apesar de tudo, consegue disfarçar melhor as suas debilidades do que o concorrente. Esse, coitado, tem uma redacção tão limitada que nem que quisesse ser diferente, não teria saber para mais.
    Só não percebo porque é que ninguém arrisca investir num projecto sério... Afinal, é porque agrada assim.

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  13. Não merece qualquer comentário este desabafo. Seria melhor abrir sempre a 1ª pág com Ti Mesquita?

    Para isso já chega o outro...

    Considero o DM superior em todos os aspectos: papel,grafismo, noticias e sobretudo em português correcto.

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