Em 1996, a Câmara Municipal de Braga teve um sonho: trasformar a Zona de Galos numa área de recreação e lazer. A ideia era transformar aquele espaço numa “ribeira baracarense”, à dimensão do curso de água, com bares, restaurantes e animação.
Em 2001, depois de não ter apresentado qualquer candidatura à primeira fase do Programa Polis, o que motivou as críticas da oposição, a autarquia voltou a sonhar. E apresentou duas candidaturas à segunda fase do Polis: os projectos para o Parque Norte e para a Zona de Galos, entre as avenidas 31 de Janeiro e da Liberdade. E a resposta que obteve foi para continuar a sonhar....
Esta área, conhecida pelas moagens que concentrava, deve ser importante. Pelo menos é a ideia com que se fica quando se lê o Regulamento do Plano Director Municipal.
No Capítulo II, referente às condicionantes, o artigo 19.º estipula a “Área de aplicabilidade do regulamento municipal de salvaguarda e revitalização do centro histórico de Braga: Na área crítica de recuperação e reconversão urbanística do centro histórico da cidade de Braga e da zona dos Galos, aplica-se o Regulamento Municipal de Salvaguarda e Revitalização do Centro Histórico da Cidade de Braga”.
No Capítulo IV, relativo às Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, o Artigo 113.º, 2.º, diz que “constitui também, a unidade operativa de planeamento e gestão, sujeita a regulamento municipal de gestão urbanística aprovado, a UOPG 4 - Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística do Centro Histórico e a Área Crítica de Recuperação e Reconversão Urbanística da Zona dos Galos”.
Às portas de 2008, quem passa por aquela zona vê os edifícios típicos cada vez mais degradados, rodeados por prédios, muitos, a ocupar cada metro quadrado, e feios. A vegetação cresce à volta de um rego de água que penosamente lá vai arrastando o lixo. É deprimente atravessar o rio, percorrer as vielas estreitas, passar por num túnel deixado por um prédio e dar de caras com a nova construção mesmo em frente ao Centro de Saúde do Carandá.
A zona que deveria ser a ribeira de Braga está degradada e a precisar de uma intervenção urgente. Mas já estava há 12 anos. Quando é que o sonho de um novo pólo de atracção da cidade vai, finalmente, deixar de ser num pesadelo?
Enviado por Lois Lane.
Desde ganapo que o rio Este é conhecido por ser o único rio do mundo que tinha trutas em biquini. Gostava de ouvir o Sr João da Esquina explicar que os cagalhões embalados em camisas de venus tomavam outra dimensão, assim apelidados. Tempos idos, décadas passadas mas o epíteto mantem-se graças à dinamização de todo o "estuário" deste magnifico canal.
ResponderEliminarSe esperam pelas estruturas enraizadas na urbe, esqueçam, são os mesmos que dinamizaram o centro histórico e de lá retiraram todos os residentes, alpoimzaram a Sé de tal maneira que nem canalha lá mora. Até dá gosto beber uns copos na Ema do Faria, na Mercearia do Sr Abel até às tantas da madrugada.
É triste ver os galos engolidos pelo betão. Esta cidade é uma vergonha.
ResponderEliminar...Cada vez que passo por lá sinto a mesma sensaçao de tristeza por aquela zona com resquicios tao caracteristicos estar assim tao esquecida...Entretanto a foram-se embalando noutros sonhos e esqueceram isto completamente...E agora com aquelas traseiras de predios magnificas, a zona por mais remendos, já nunca tera grande encanto...
ResponderEliminarMas ainda há tempo para fazer alguma coisa, porque não aproveitar o moinho que lá tem, recupera-lo, dá lhe mais vida, com exposições, junto ao rio há espaço para fazerem ciclovias, tinham é que ser iluminadas porque se não á noite aquilo torna-se numa escuridão num espaço bom para amigos do alheio. À que pensar nisso e deitar mãos á obra.
ResponderEliminarhttp://wwwbragablog.blogspot.com
É mais um local esquecido do vasto leque que Braga tem. Refiro então mais alguns: Parque da ponte mesmo ali pertinho, Os terrenos perto da rotunda Santos da Cunha, a quinta dos peoes que já fora aqui tema de debate, enfim, estes são só alguns exemplos que passam ao lado dos olhos que adoram ver Braga com superficies comerciais pensando que é dessa forma que uma Cidade cresce...
ResponderEliminarSão as opções.
ResponderEliminarMas recordem-se que temos um "grande" estádio.
A propósito o site da liga informa que o SCB teve até agora uma média de 13814 espectadores por jogo. Nada mau porque é o 4º clube com maiores assistências.
Mas façamos umas contas rápidas. Com erros enormes, aceito.
Consideremos por absurdo que metade dessa assistência era de fora de Braga, todos almoçavam a um preço económico de 10 euros e gastavam 5 euros em lanches e bebidas. Não vamos considerar o custo do bilhete porque apenas interessa avaliar quanto negócio Braga seria gerado nos outros agentes económicos Bracarenses. Ou seja, mesmo considerando por absurdo que cada equipa visitante gaste 5000 euros em Braga. Ou seja, por jogo o futebol movimentaria o equivalente a um T3. E para isso quantos T3 gastámos no estádio? E para isso quanto pagam os Bracarenses.
Pão e futebol. É o que é.
Ó sidoso, tens ar de intelectual importante! Ao passar por aqui o cheiro não fica nada a dever ao de uma boa cagadela.
ResponderEliminarÉ óbvio que o sonho da Zona dos Galos foi ultrapassado por outros sonhos que novas realidades proporcionaram...
ResponderEliminarPodemos admitir que o Euro 2004 e o novo Estádio Municipal obrigaram a fazer opções políticas que não estavam assim calendarizadas, provavelmente...
Mas não me parece que a cidade tenha ficado a perder com isso. Antes pelo contrário.
Todos aqueles que preferem a detracção ou não gostam de futebol, sempre encontrarão motivos para desvalorizar o património acrescentado que representa o novo estádio.
Aliás, imaginarão que a Sé de Braga, aquela velhinha que dá epíteto à cidade, se foi fazendo ao longo do tempo com o dinheiro dos crentes, não!...
Apenas mais um aparte para aqueles que, não apreciando o futebol, preferem sempre criticar a construção de qualquer equipamento destinado a este fim: já imaginaram quanto custa um minuto de televisão em que o nome de Braga seja repetido continuamente? Imaginam quantas horas de produção televisiva garante uma equipa como o Sporting de Braga na Primeira Liga, na Taça Uefa e noutras competições? E o que isso significa para a afirmação de uma marca que é a cidade de Braga? Aliás, quantos se lembram, por exemplo de Chaves ou de Fafe, no seu dia-a-dia? E quando estas cidades tinham clubes na Primeira Divisão?
Desviei-me do assunto: a recuperação da Zona dos Galos. Obviamente que o considero mais um imperativo para a CMBraga. Estou convencido que o Mesquita Machado não abandonará o cargo sem cumprir este sonho, que ele próprio apregoou.
Cumprimentos.
Acho que a recuperação deste espaço é extremamente importante para a cidade dada a sua localização. Mas mais importante, em minha opinião, é o aproveitamento das margens do Cávado, essa sim a verdadeira zona ribeirinha de Braga.
ResponderEliminarVoltar a cidade para o rio é, em minha opinião, o desafio da cidade para os próximos anos.
Há que fazê-lo por forma a que não sejam repetidas as mesmas asneiras que se fizeram noutros locais.
Acho que a recuperação deste espaço é extremamente importante para a cidade dada a sua localização. Mas mais importante, em minha opinião, é o aproveitamento das margens do Cávado, essa sim a verdadeira zona ribeirinha de Braga.
ResponderEliminarVoltar a cidade para o rio é, em minha opinião, o desafio da cidade para os próximos anos.
Há que fazê-lo por forma a que não sejam repetidas as mesmas asneiras que se fizeram noutros locais.
O Lugar dos Galos é o maior "galo" que a Câmara teima em manter na cabeça dos bracarenses.......Já que nem a agua fresca da fonte se safou.Bons tempos em que tanta vezes me matou a sede
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