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PÚBLICO
Estudo de mobilidade gera polémica em Braga

«O líder da coligação Juntos por Braga, Ricardo Rio, acusa o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, de uma "verdadeira fraude" na questão do estudo de mobilidade encomendado pela empresa municipal de transportes. Durante a reunião do executivo de ontem, Rio confrontou Mesquita Machado com uma notícia, na qual o departamento de sociologia da Universidade do Minho (UM) negava qualquer envolvimento no estudo anunciado pela câmara. O presidente da câmara reiterou que o trabalho está a ser feito e revelou que é a directora do departamento de sociologia quem o coordena.

"O serviço foi encomendado à UM numa primeira fase e mais tarde transformado numa proposta à directora do departamento de sociologia, enquanto investigadora", explicou ao PÚBLICO o gabinete da presidência.

O líder da coligação critica a situação: "A câmara anunciou a ligação à Universidade do Minho para credibilizar o estudo e afinal é apenas uma docente que está a supervisioná-lo." Para a maioria socialista, a oposição está apenas a usar "um tema antigo para ocupar espaço, à falta de melhor para trazer à reunião de câmara". Ricardo Rio lamenta, por outro lado, que o estudo seja "um mero inquérito de opinião", quando a proposta original da coligação falava num "estudo rigoroso", mas o gabinete de Mesquita Machado contrapõe, dizendo que o inquérito "é apenas a primeira fase de um estudo de mobilidade alargado".

O estudo de mobilidade foi proposto pela oposição, tendo como base a petição on-line lançada pelo blogue Avenida Central com vista ao regresso do carro eléctrico à cidade. Na ocasião, a câmara anunciou que esse trabalho já estava a ser feito pelos Transportes Urbanos de Braga e pelo departamento de sociologia da Universidade do Minho.»
[Notícia Público]

DIÁRIO DO MINHO
Rio fala de «fraude» acerca de estudo de mobilidade

«O líder da Coligação Juntos por Braga disse ontem que o estudo de mobilidade urbana protocolado entre a Câmara de Braga e a Direcção Geral dos Transportes Terrestres está envolto de uma «fraude» protagonizada pelo presidente da Câmara. A acusação surge depois da oposição ter descoberto que o acordo se destina à realização de um «mero inquérito de opinião» sobre o funcionamento do serviço dos Transportes Urbanos de Braga e que começou a ser negociado em Maio de 2007, antes da petição pelo regresso do eléctrico, e assinado em fins de Setembro, sem que disso tivesse sido dado nota à oposição, apesar de Mesquita Machado ter sido interpelado sobre o assunto em reunião anterior à submissão da proposta da Coligação. [...]

O líder da Coligação acusou ainda Mesquita Machado de faltar à verdade quando disse que o estudo será feito com a colaboração do Departamento de Sociologia da Universidade do Minho. Segundo o vereador, o estudo será realizado sob a supervisão particular de uma docente da Universidade do Minho em colaboração com os Transportes Urbanos de Braga. «São duas coisas diferentes. Uma coisa é a instituição, o Departamento, outra coisa é o que cada funcionário faz nos seus tempos livres ou a título particular», realçou.

Confrontado com esta questão, Mesquita Machado rejeitou as acusações, esclarecendo que o inquérito é o início do estudo. «Depois do inquérito estar pronto vai ter sequência noutras fases», disse, asseverando que a maioria socialista «não enganou ninguém». O autarca confirmou que o estudo está a ser coordenado por uma docente da Universidade, nomeadamente pela directora do Departamento de Sociologia, Ana Paula Marques, para tornar o processo mais célere. «Para nós não faz diferença nenhuma ser institucionalmente com a Universidade do Minho ou ser através da pessoa que a Universidade ia pôr a trabalhar. Ela responsabilizou-se pelo estudo e emitiu o recibo do valor que se teria que pagar. Isto torna o processo mais
célere, porque não há necessidade de aprovações», explicou o autarca.»
[Notícia Diário do Minho]


CORREIO DO MINHO
Nada para apresentar

3 comentários:

  1. Partindo do pressuposto de que o estudo está a ser levado a cabo, Mesquita Machado fala correctamente quando diz que o inquérito por questionário é a primeira fase de um estudo alargado. Ricardo Rio devia conhecer melhor as técnicas de investigação social.
    O inquério por questionário apresentasse como a técnica mais indicada para este estudo, pelo menos numa primeira instância. E o facto de utilizarem o inquério por questionário não significa que o estudo não seja rigoroso, bem pelo contrário. O inquérito por questionário necessita de muitos passos e regras rigorosas aquando da sua elaboração, aplicação e posteriormente na análise dos dados. É uma técnica muito viável para o estudo em causa porque: é uma técnica que permite estudos em grande escala, isto é, pode ser aplicada a um grande número de indivíduos; é uma técnica relativamente fácil e simples de aplicar; é uma técnica rápida; é das técnicas mais padronizadas o que permite mais facilmente tratar os dados; os dados são generalizáveis; é das técnicas que se presta mais a análises quantitativas; e é das técnicas que mais atende aos favores do público.

    Obviamente que o estudo a ser bem feito não ficará somente pelo inquério por questionário. Depois é natural que recorram a outras técnicas como a algumas entrevistas seja a cidadãos anónimos, seja a cidadãos representantes de determinadas entidades competentes; algumas conversas informais; observação directa ou observação participante; quiçã um "focus group".

    Desejo que o estudo esteja realmente a ser feito a bom termo, a bem de Braga!

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  2. Helena,
    Obrigado pela aula de metodologia das ciências sociais, mas acho que também lhe falhou o primeiro passo: identificar a realidade a estudar! E nenhum inquérito, ainda que complementado com todas as técnicas que refere pode assegurar a avaliação da viabilidade TÉCNICA e FINANCEIRA do Eléctrico. Correcto?

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  3. Caro Bam,

    Não foi minha intenção vir aqui dar uma aula, e se a dei não foi de metodologia das ciências sociais mas sim de métodos e técnicas em investigação social.
    Também não vim enumerar as etapas e actividades em causa numa investigação porque senão teria muito para dizer. Apenas me foquei nas técnicas, mais concretamente em fazer ver que o inquérito por questionário não é uma técnica assim pouco viável como transparecem, e que aqui se aplica como a mais indicada pelo menos numa primeira instância.

    Saudações.

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