«No ‘Notícias de Guimarães’ li uma opinião sintomática – dizia o autor que sempre que ouve falar na regionalização fica logo “de pé atrás. Aí vem Braga [ou o Porto] a querer pôr-se em bicos de pés”.
Regionalizar é dar poder. Há dois contra-argumentos base – o primeiro crê que o País deve ser governado a partir de um centro de poder quase único que pode ter postos avançados pelo resto do território (desconcentração) mas que será sempre o dono da decisão.
Depois há este localismo: não importa se o todo (incluindo a minha parte) está mal desde que o meu vizinho não pareça ficar em melhor situação do que eu. Poucas coisas são tão difíceis como dar poder. Sobretudo quando quem mais teria a ganhar com isso não entende que o poder beneficia sempre os que lhe estão mais próximos – se o meu vizinho fica bem é porque eu estou melhor do que antes.»
[Carlos Abreu Amorim no Correio da Manhã]
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