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Quem não tem Eléctrico anda de... Bicicleta (II)

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Segundo o jornal online ComUM, as boas notícias neste domínio poderão chegar até ao fim do mês. A Universidade do Minho prepara um projecto inovador que permitirá a introdução de milhares de bicicletas nos campi da universidade (Gualtar e Azurém) praticamente sem custos para os utilizadores. O financiamento é feito por um sistema de publicidade e, segundo informações não oficiais, serão 10.000 as bicicletas a disponibilizar a alunos, docentes, funcionários e investigadores da Universidade.

«De acordo com a proposta do Presidente da Câmara Municipal para o plano de actividades, em 2007 será privilegiada a ligação do troço [de ciclovia] já existente à área pedonal do centro da cidade e ao Campus de Gualtar da Universidade do Minho.» Este foi o anúncio que me chegou através do sistema de informação e publicidade da Câmara Municipal de Braga em Outubro de 2006 e, como tal, Mesquita Machado tem pouco mais de 2 meses para cumprir o prometido.

9 comentários:

  1. Mesquita nunca irá cumprir o prometido. Estão demasiados interesses em jogo e loby do betão não deixa.

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  2. ahahahaha!

    a ideia é boa.

    por algum lado as coisas têm de começar a mudar...

    mas acho que começam pelo mais díficil...

    'tou mesmo a ver as betinhas e os queques e a morangada toda que por lá anda a abdicar do seu C3 ou 207 para passar a andar de bicla..

    só se os pais já entraram nas listas de crédito mal parado!

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  3. A ideia parece-me interessante, embora honestamente duvide da sua eficácia.

    Em primeiro lugar, o hábito de andar de carro está enraizado na cultura bracarense. Mesmo aqueles cidadãos que vociferam com veemência contra o império dos veículos automóveis raramente abdicam deles. É claro que aquelas caminhadas ali por Lamaçães, com fatiotas todas janotas, não contam. Até porque muitos vão até lá de carro...
    Para muito boa gente, andar de autocarro ou a pé ainda é sinónimo de desprestigio. Por isso, a viatura é a extensão natural dos corpos. Uma segunda pele...

    Em segundo lugar, em teoria, a universidade é o local ideal para implementar uma medida destas: pessoas esclarecidas, abertas à inovação, com consciência de que o futuro colectivo depende do contributo da cada um... Pois é, até prova em contrário, isto é apenas teoria!

    Têm ando pela universidade ultimamente?

    Acreditam que a maior parte daquelas pessoas vai abdicar do carro?

    Imaginam os alunos que reivindicam propinas mais baixas, mas que têm um parque automóvel de fazer inveja ao dos professores e funcionários, a abdicar de longas esperas à porta do Campus? Acreditam mesmo, mesmo?

    Imaginam os professores e os funcionários, mesmo aqueles que estão muito preocupados com facto de terem de fazer vários quilómetros por dia dentro do Campus de Gualtar porque há uma entrada que está fachada, a abdicar do carro? Acreditam mesmo, mesmo?

    Não me parece que a opção da bicicleta seja compaginável com a imensa e ostensiva montra em que a universidade se transformou. Ainda para mais um meio que implica algum esforço e força de vontade... Mesmo que seja de borla!

    Honestamente, não acredito que de feira da vaidades que é a academia se possa transformar num elemento catalizador da revolução no modelo de mobilidade em Braga. Lamento, mas não acredito. Oxalá me engane. Pelo bem de todos.

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  4. Bom, por algum lado se tem de começar! Assim que o petróleo chegar aos 100$ e o euro parar de subir vais ver se não anda tudo de bicicleta. Agora só falta começar a multar severamente as bestas que estacionam o carro em tudo quanto é sítio, inclusivamente no único espaço verde da zona do departamento de psiquiatria!

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  5. Boas!!!!

    Para mim quando um aluno sai da universidade de carro para ir à montealegrense e põe "meio veículo" em cima do passeio a 2 metros da esplanada da dita pastelaria, é quando mostra quão mal está a sua cultura cívica.

    Digo eu ...

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  6. Por curiosidade, uma vez, perguntei a um Polícia Municipal, que ia a passar, se não é proibido estacionar naquele espaço verde com umas árvores rquiticas que há à beira do Departamento de Psiquiatria, mesmo em frente aos prédios. O homem ficou espantado. Aparentemente, nunca tinha pensado no assunto. Deve ter sido culpa minha, mas náo consegui perceber a resposta...
    Pela lógica, penso que sim. Pela prática diária, constato que não! Alguém me ajuda?!

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  7. Por curiosidade, uma vez, perguntei a um Polícia Municipal, que ia a passar, se não é proibido estacionar naquele espaço verde com umas árvores rquiticas que há à beira do Departamento de Psiquiatria, mesmo em frente aos prédios. O homem ficou espantado. Aparentemente, nunca tinha pensado no assunto. Deve ter sido culpa minha, mas náo consegui perceber a resposta...
    Pela lógica, penso que sim. Pela prática diária, constato que não! Alguém me ajuda?!

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  8. Paris jà tem milhares de bicicletas et cerca de 750 estações, se os Parisiences são capazes de mudar de mentalidade, os Bracarences tambem.
    Ler : http://www.en.velib.paris.fr/comment_ca_marche

    Nix. From Paris.

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  9. Também não acho mal a ideia em si. Mas está quase tudo conjugado para a tornar difícil.
    - o pessoal vai ter de andar a fazer publicidade não se sabe a quem ou de que tipo;
    - a cena dos milhares de biclas é lançada nas vésperas de uma campanha eleitoral para escolher os maiorais que vão fazer os novos estatutos da UM (e o reitor, claro!, lá apareceu a posar ao lado das biclas, no Jornal de Noticias)
    - começa-se a casa pelo telhado: a cidade de Braga, apesar de ter grandes zonas planas, é a maior inimiga dos ciclistas. Pensem nos viadutos: é só para carros.

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