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Uma Questão de Ondas

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«Em Braga não há notícias porque ninguém levanta ondas». Pedro Guimarães acerta o diagnóstico, mas o problema é bem mais sério. Em Braga não há ciclovias porque ninguém levanta ondas. Em Braga não há transportes públicos porque ninguém levanta ondas. Em Braga não há planeamento porque ninguém levanta ondas. Em Braga não há debate porque ninguém levanta ondas.

Levantada a onda do eléctrico, os partidos políticos continuam a analisar. Os opinion makers locais não se comprometem. A Associação Comercial nada diz. A Associação Académica não tem uma palavra sobre o tema? É assunto irrelevante para as Juntas de Freguesia de Maximinos, S. Vitor, S. Lázaro, Sé e Gualtar?

Com raras excepções, os sinais chegam dos bastidores. Ao que parece, o eléctrico vai mesmo avançar. Mas cuidado. Em Braga há demasiados hidrofóbicos.

[Picture Copyright: TrekEarth]

10 comentários:

  1. Isto é uma bela boca!
    Agora só falta mesmo aparecer um anónimo qualquer a dizer para te preocupares com outras coisas mais importantes...

    E se todas as nossas lutas forem coerentes? E se tudo o que fizermos, o fizermos em prol de um ideal? Não será um excelente modo de vida?

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  2. Caro Pedro Morgado,

    Parabéns pela iniciativa e pela possibilidade de debate das questões de mobilidade. Mais importante sobre as questões da autoria, da originalidade, etc, é notoriedade de deu ao tema. Só por isso já estaria agradecido a este blog.

    Agradeço também a persistência.

    Na realidade este tema não é novo em Braga. A AIMinho reclama à muito, numa dimensão regional algo parecido. Seria interessante abordar esse projecto aqui. Desconheço se a AIMinho foi a primeira entidade a abordar esse tema, ou se teria apenas recuperado propostas de terceiros. O Projecto Braga Tempo, como já abordou, também reflectiu sobre esta questão.

    Quanto ao facto de partidos políticos, a ACB, juntas de freguesia, a AAUM não reagirem ao debate. Deve ter paciência. Os tempos reais são diferentes dos tempos da blogoesfera.

    Este debate está interessante, mas não deve ser inquinado sobre questões de autoria, originalidade, quem reage, quem cala, etc. Cuidado com os deslumbramentos. Lembre-se de Ícaro.

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  3. Caro Pedro,

    O que escreves é a verdade nua e crua. O silêncio também é uma peça relevante do jogo político e NUNCA deve ser ignorado. Tão importante como fazer notar os apoios é destacar os silêncios.

    Os ataques pessoais dirigidos ao Pedro, os avisos e as moralidades verberadas fazem-me sempre confusão. Gente demasiado habituada aos aparelhos. Obviamente.

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  4. sem dúvida o que faz falta é mesmo levantar ondas...(com razão de ser)
    eu próprio não as frequento,e talvez seja daquelas pessoas que não levantam ondas, mas, uma das maneiras mais directas para se defender um ponto de vista, é na assemblei municipal, que é aberta ao público.
    ass:daniel

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  5. até parece que não sabes que Braga está minada pela opus-dei..

    ACB,AIM,IEFP, que por sua vez alcançam jornais (DM).. Quadros da UM, nos SASUM, que por sua vez mandam na AAUM. a Câmara não levanta ondas e a opus-dei não levanta ondas, porque se unirem em parceria.

    Ou achas que as ligações cónego/mesquita são só para o futebol??

    o sistema é similar ao do famoso acessor de imprensa do mesquita, tabém ele mesquita no nome:

    era da oposição, filiado no PSD, trabalhava no diário do minho sempre a atacar o mesquita...

    primeiro foi convidado para o correio do minho e depois chegou a acessor...

    é assim que se calam as ondas em braga.. compram-se.


    é a minar os quadro médios e altos das instituições que poderiam ter alguma coisa a a dizer que se acabam com as ondas.

    esta parceria OPUS-DEI/CMB é das melhroes que já vi, funciona na perfeição.

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  6. Mentalizem-se de uma coisa: os verdadeiros bracarenses (de famílias nascidas e criadas em Braga)a maioria já desistiu de Braga. Ou se mudaram de Braga ou estão em Braga por não terem outra alternativa.

    Os novos "bracarenses" não querem saber de Braga para nada. Apenas estão em Braga pois abunda o betão e a oferta imobiliária de máqualidade mas barata. Usam Braga como dormitório.

    Braga é definitivamente um caso perdido. Não percam tempo. Já me incomodei com Braga mas agora estou-me perfeitamente nas tintas. Não me revejo minimamente nesta cidade, definitivamente não é a "minha Braga".

    Entendo perfeitamente aqueles a quem chamam "acomodados" e chego a sentir pena daqueles que se incomodam a tentar mudar alguma coisa nesta terra.

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  7. Bem....isto é só teorias da Conspiração.
    Já repararam que toda a gente parece saber de alegadas cunhas, favores, ligações entre instituições através de pessoas, coisas que se passam nos bastidores, mas quando é para responsabilizar alguém nunca acontece nada, nunca se sabe quem foi, os filhos dessas pessoas nunca foram favorecidos em nada, toda a gente é muito honesta, nunca ninguém leva multas, etc, etc, etc.... No entanto aparece aqui tanta gente honesta !!!!!
    Sinceramente.

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  8. É bom que haja vozes que se revoltem, mas também é importante que saiba porquê e contra quem se revoltam.

    Não tenho qualquer simpatia pelo Cónego Melo, mas se algo de bom ele fez é que lutou contra a Opus Dei em Braga. Perdeu e muitos atribuem o seu afastamento a isso.

    Ver a vida como uma conspiração não é saudável.

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  9. Percam tempo com Braga que vão ser muito felizes..enfim...

    Escreveram aqui que nunca ninguém é acusado em Braga, obviamente que o polvo está de tal forma instalado que os interesses e receios não permitem que os vigaristas sejam acusados. Não existe coragem entre os bracarenses honestos, nem se trata de coragem é mais porque sabem que não vai dar em nada. Acabaram por desistir de Braga.

    Braga é a cidade dos trolhas que enriqueceram com a ligação à Câmara e ao seu presidente, que desfilam de bmw e mercedes mas não sabem falar nem comer à mesa. É este o retrato da Braga actual.

    Definitivamente também não é a minha cidade. Tenho Braga no BI e só. Logo que possa saio de Braga e vou morar para outro lado. Só voltarei a Braga se tiver mesmo que ser.

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  10. Não posso deixar de concordar em pleno com SecretHell. Quem levanta ondas, normalmente é calado através de aliciamentos eticamente dividosos.
    Quanto ao levantar ou não levantar ondas do Pedro Guimarães, já não partilho em pleno da sua opinião. Quando um cidadão levanta uma "onda pertinente", devem ser os partidos políticos a levar em diante o debate necessário, pois os cidadãos não têm meios nem tempo para tal.

    Tal como o actual acessor de imprensa do MM, muitos outros caso poderão ser referenciados como estranhos, no que repseita ao seu silêncio súbito e respectiva mudança de atitude.
    Por exemplo, no que respeita à minha área de formação (Arquitectura Paisagista), recordo-me da forma persistente (durante cerca de 10 anos) e oportuna com que um conceituado agrónomo desta cidade denunciou as "práticas incorrectas e bárbaras" com que a CMB trata os espaços verdes....
    Desde uns anos a esta parte, nunca mais voltou a escrever, mas a actuação dos serviços camarários parece não ter mudado.
    Será que este nosso agrónomo calou-se de vez e passou a ficar satisfeito com a gestão dos espaços verdes? Se sim, qual foi a moeda de troca?....será que a CDU (segundo se consta) o proibiu de falar ou será que se tornou num novo convertido a MM?
    Isto é apenas o que a minha intuição feminina me diz...
    Bem hajam a todos.

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