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Um Requiem ao Minho

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Parece que o Minho está condenado a acabar. A espúria assimilação pela tão propalada região Norte "Porto" parece ser o que nos resta perante a indolente passividade com que se aceita esta (ainda) evitável inevitabilidade. Não menos negligente é o açambarcador fetiche portuense de vir a liderar 4 milhões de gente. Ganhavam mais, porventura, se se constituissem região com a sua área metropolitana e deixassem o Norte florescer à sua volta. Se a regionalização é urgente, não menos necessário é o despertar da consciência do Norte-para-além-do-Porto enquanto ainda é tempo. E talvez devamos começar pelos nossos amigos de Viana. Os tais que deterioram o Minho por palavras e actos, insistindo num discurso de bairro quando a era já é planetária.

Vem isto a propósito da extinção do Minho, enquanto marca turística. Entende a Comissão de Coordenação da Região Norte (e alguns minhotos aplaudem) que nem a magnifiência do Parque Nacionalda Peneda Gerês, nem a monumentalidade histórica de Guimarães, nem a vastíssima riqueza arquitectónica de Braga, nem o enorme valor cultural de Ponte de Lima, nem a magistral etnografia de Viana do Castelo justificam marca própria. E eis que o Minho mais não será que um apêndice dessa marca chamada Norte Porto cuja aposta se centrará assumidamente no Douro, no Douro e no Douro.

E perante isto, o que nos reservam as forças vivas do Minho para além de um enervante silêncio, pontuado aqui e ali por uma ou outra voz dissonante? O que dirão os produtores de Vinho Verde quando descobrirem que o vinho de excelência é o do Porto? E que esse será o produto promovido até à exaustão com os tais 100 milhões de euros? O que dirão os promotores de turismo rural do Minho quando descobrirem que a ruralidade promovida é a dos socalcos do Douro? O que dirão os promotores turísticos vimaranenses quando descobrirem que os Clérigos serão a cabeça do cartaz promocional? O que dirão os vianenses quando encontrarem a imagem do S. João do Porto apresentada como a mais portuguesa das romarias populares? O que dirão os bracarenses quando descobrirem que a Sé do Porto será apresentada como o ex libris religioso do Norte?

Dirão que foram levados no engodo?
Impossível. O intento de arrastar os fundos de todo o Norte para a promoção da marca "Porto" está bem anunciado nas páginas do JN: «Neste contexto, a futura Região de Turismo do Norte - que irá contar com um investimento de 100 milhões de euros para a promoção da região - pretende utilizar a marca "Porto" em todos os seus destinos e afirmar-se como a quarta grande marca turística portuguesa, depois do Algarve, Lisboa e Madeira.»

Porque o Norte não é o Porto. Porque o Porto não é o Norte. Porque o Porto não precisa do Minho para se promover. Porque o Minho tem identidade, tem história, tem gente, tem força e tem potencial, junto-me a Henrique Moura e a todos quantos lutam para não deixar morrer o Minho.

25 comentários:

  1. eu tambem me junto!!! O Minho não pode acabar...

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  2. estou totalmente de acordo.
    mas será que ainda vamos a tempo de inverter o processo??

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  3. Era o que maus faltava.
    Eu sou, geograficamente, do Norte, mas minhoto de gema e de armas. Não podemos permitir que o nosso Minho seja absorvido pelo Porto.Há espaço e vida para os dois.

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  4. Embora eu compreenda as preocupações com a constituição de uma Região de Turismo Norte, com funções de promoção interna e externa, bem como de intervenção no território (face às actuais regiões de turismo sem promoção externa), discordo delas por várias razões:

    1- O maior problema na promoção externa do turismo portugues é o excesso de marcas, que limita significativamente a eficácia da promoção. Mais marcas = mais confusão = menos turistas para todos.

    2- Numa lógica interna, não é pela promoção ser feita pela Região de Turismo A ou B que deixamos de reconhecer que existe uma região Minho.

    3- A criação de uma região de turismo do Minho, na lógica do que se supõe virem a ser as competências propostas pelo Governo para as regiões de turismo (promoção interna + externa) resulta numa total falta de escala desta região. O norte actualmente não tem fundos para se promover correctamente na Polónia ou Escandinávia. A RTMinho não passaria de Espanha, se quisesse usar bem o seu dinheiro.

    4- A notícia tem um erro evidente: ninguém gasta 100M€ para promover uma região. Seria o Norte a gastar mais que Espanha inteira. Os 100M€ são para intervenção no território. Recordo-me do último programa lançado pelo Governo (Programa de Intervenção do Turismo)). No Minho as entidades "interessadas" protestaram que o dinheiro não lhes estava disponível. Mas está-lhes tão disponível como a qualquer outra região, embora houvesse pequenas bonificações para os chamados "Pólos Turísticos". Provavelmente não será diferente com a CCDRN.

    5- A constituição de uma região de turismo do Minho é particularmente injusto para a do Norte. A ADETURN (actualmente responsável pela promoção externa do Norte) tem gasto 1/3 do seu orçamento na atracção de low cost. Certamente que o Minho tem beneficiado com isso. Continuaria a beneficiar, mas sem contribuir.

    6- O Minho tem identidade e tem potencial para vir a ter marca própria. Antevejo que Braga se venha a tornar a 3ª cidade de "city break" em Portugal. Só que confundir potencial de longo prazo com potencial de curto prazo é um erro crasso. Braga terá notoriedade quando o Porto for um destino city break consolidado, o que se verificará em 10-15 anos. Até lá, o Minho crescerá por efeito "inclusão" na área turística do Porto. Não vejo o benefício do Minho em ficar fora da rota de 2Milhões de turistas anuais em rápido crescimento. E ao contrário do afirmado, o Porto precisa do Minho para escala em termos de conteúdo. O Norte, sem o Minho, não tem conteúdo para uma semana.

    O mesmo se passa em Lisboa. Lisboa promove o Oeste, o Ribatejo/Templários, Sintra,... todos eles teriam conteúdo para ter a sua marca, tal como o Minho. Mais, todos eles querem ter a sua marca. Mas todos eles compreenderam que só têm a ganhar em vender-se como região de Lisboa. O resultado é que ao fim de uma década, o Oeste começa a afirmar-se com identidade própria no exterior. Mas ainda é vendido pelas agências de viagem como região de Lisboa. Se tiverem dúvidas, consultem o Plano Estratégico do Turismo de Lisboa.
    http://www.tlx10.com.pt/

    7- Porquê a marca Porto? Porque a marca "Norte" não serve. Existe em todos os países. Vender o Norte que fica num país do sul da europa. A verdade é que a marca Porto é a única marca conhecida da região, e a única com capacidade de implementação no curto prazo, e a única com capacidade agregadora, não no terreno, mas na mente do turista. E no marketing o que importa são as associações que o consumidor faz. Barcelona vale mais que Catalunha. Copenhaga vale mais que Hovestaden, Lyon mais do que Rhône. Certamente que terão regiões com muitas especificidade. Mas como turista, quero lá saber. Não iria a Hovestaden nem que me paguem.

    8- Actualmente, as regiões de turismo tendem a promover, nos seus postos de turismo, a sua própria mini-região. A capacidade de cross selling da região é nula. Mas os turistas que querem conhecer o norte inteiro, querem recomendações do norte inteiro, e deverão regressar ao seu país com a sensação de que não viram tudo.

    9- Na última vez que estive num posto de turismo, vi a recepcionista a recomendar a visita a Guimarães e Lamego. Não vejo o que ganha o Minho se as recomendações passarem a ser Vila Real e Lamego... Da mesma forma, o Minho não ganha em que as "press tours" (visitas guiadas pela região a jornalistas, patrocinadas pelas Regiões de Turismo de promoção externa) do Norte deixem de incluir o Minho. Nem o Norte ganha muito com isso.

    10- O Norte precisa de um produto turístico coerente, homogéneo. A organização deve ter em conta que o turista não visita apenas o Porto e o Douro. Visita o Minho. Visita Aveiro. Visita Trás os Montes. Convém uma estratégia comum.

    11- Os meus comentário não invalidam que deva existir uma estratégia para cada sub-região, e que as entidades privadas e municipais de cada região devam ter uma palavra a dizer na definição (e financiamento) dessa estratégia.

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  5. 12- A existência de uma marca "chapéu" Porto, não deverá de forma alguma implicar a eliminação de uma sub-marca "Minho". Nem o Porto ganha algo com isso.

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  6. A vida é engraçada. Eu sou Minhoto, não gosto muito da ideia de ficar a depender do Porto como hije dependo de Lisboa, razão pela qual concordo com o que escreveste.

    Só que sou de Vila Verde. Neste blog descobri que somos qualquer de raro ou do cinema fantástico. Seres de cor diferente, com guelras. Ou então usamos socos de madeira e vestimos como grupos folclóricos.

    Os discursos de bairro que deterioram o Minho por palavras e actos também passaram por este blog. E o autor deste blog nem uma vez pediu contenção.

    Claro que já sei que o futebol é algo onde a razão não entra. Só que também é quando baixamos as guardas que o nosso discurso deixam passar os nossos preconceitos.

    Braga sem o Minho pouco vale para além da história.

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  7. concordo com o pedro. quando vamos a paris podemos até ir a versailles. mas vamos de propósito para paris.
    estas quisílias tipicamente minhotas é que deitam os projectos de regionalização por água abaixo. ficamos todos vistos como um bando de parolos que só pensam em manter intactos os limites do seu quintal. mais ou menos à moda do século XIII. não percebo a sua indignação. trás-os-montes está numa situação económica terrível, o turismo na região é nulo, não tem vianas do castelo nem portos onde se apoiar... talvez usar uma cidade grande para basear o turismo não seja tão descabido como pensa. pelo menos uma cidade não feia. enfim, uma cidade que não seja braga, por exemplo...

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  8. Caro Pedro Menezes Simões,

    1. O problema da multiplicação de regiões de turismo não reside no Norte.

    2. A aposta na marca "Porto" configura o portocentrismo que vimos denunciando e continuará a asfixiar o crescimento e desenvolvimento da marca Minho. O Minho deve crescer de mãos dadas com o Porto mas não deve ser considerado apêndice do Porto.

    3. O Minho tem potencial próprio. Tratar o Norte como se de uma Galiza se tratasse é um erro histórico.

    Caro Vila Verde,
    Aqui defende-se o Minho.

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  9. Este é mais um passo para “aniquilar” a economia de turismo do Norte. Este tipo de organização turística vai privilegiar o Porto com principal centro turístico (maior receita económica), o resto das cidades serão alvo de uma visita de um dia de autocarro, perdendo a expressão de identidade cultural (ficaram conhecidas como arredores do AMP) e principalmente receitas económicas. Vai acontecer como cidades e vilas ao longo do rio Douro (Régua, Pocinho, Pinhão…) que tem uma receita diminuta proveniente do turismo do Douro (os turistas entram no barco no Porto, vão um dia e desembarcam no Porto).
    Não esquecendo que Trás-os-Montes vai ser altamente descrimina por ser um destino mais longe sendo mais complicado fazer um roteiro com o Porto com âncora (sendo esta a maior aposta desta pseudo região do Norte que vai servir o interesse de uma só cidade).
    Este exemplo pode ser amplificado para o futuro, se a regionalização vier a acontecer e a A.M.P. fizer parte de uma região com o resto do Norte… ai teremos a “Nova Lisboa” (Porto)…

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  10. Meus caros,

    Sou orgulhosamente minhoto e (infelizmente) bracarense. O que se está a tentar fazer com a marca Porto é o que já se faz na prática. Os poucos turistas que visitam Braga fazem-no numa tarde estando essa visita incluída, no programa que o operador turístico realizou para o Porto e região. Ou seja, Braga é visitada apenas porque esse turista decidiu visitar o Porto e Portugal.
    Braga não tem estrutura, imagem, marca ou condições para, per si, atrair turistas. Acompanhei um grupo de turistas em visita a Braga e mais uma vez senti o quanto a cidade de Braga não está preparada para receber turistas. Já presenciei outras situações ridiculas. A Semana Santa em Braga consegue atrair alguns visitantes, nomeadamente da Galiza (que devem vir enganados). Estes turistas são tão bem recebidos em Braga que no Domingo de Páscoa o Viana e o Astória (por exemplo) encerram para o pessoal ir beijar a cruz. Digam-me se isto é de alguém preparado para receber turistas? Hoteis em condições em Braga? Restaurantes diferenciados? Bares e discotecas sem serem para crianças ou adolescentes? Qual o interesse de visitar à noite um centro histórico vazio, sem comércio e sem gente? Braga não tem condições para os turistas permanecerem na cidade. Braga visita-se numa tarde: Bom Jesus, Sameiro e Sé...e está feito.

    Braga poderia estar atenta ao exemplo de Guimarães em que o centro histórico está sempre cheio e começa a ser uma referência turística internacional. O resto do Minho também valerá a visita: Ponte de Lima, Ponte da Barca, Viana, Valência, Caminha, Cerveira: locais de grande beleza embora algo carentes de estruturas.

    Agora, Braga? Sou bracarense, tenho muitos amigos estrangeiros e não recomendo a visita a Braga a ninguém. Para se ver cimento, povo saloio e shoppings que se fiquem pelos subúrbios de qualquer cidade média europeia.

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  11. Isto para nem se falar nos fulanos que a Região de Turismo do Minho tem para acompanhar as visitas de turistas e jornalistas estrangeiros. Inglês não falam, pouco ou nada conhecem sobre a história de Braga, imagem que fica muito a desejar e estão mais preocupados em beber uns copos e "dar treta" com a estrangeiras que possam vir no grupo. É triste mas para o que lhes pagam não devem mesmo conseguir arranjar melhor.

    Braga não tem condições para receber turistas nem tem atractivos suficientes para ser visitada.

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  12. Caro Anónimo 15:11

    Esta a destorcer a realidade da sua cidade. A cidade de Braga tem vários pontos de atracção que por si valem uma visita mais demora (Centro histórico com varias peças urbanas de arquitectura de referencia, Sé Catedral e todo conjunto de Igrejas e Basílicas, vestígios Romanos da Cividade, Museus, Bom Jesus, Falperra, Sameiro, Mosteiro de Tibães, as margens do Rio Cavado, Campo Novo, Miradouro Guadalupe, toda a tradição de uma cidade que é uma das mais antigas… etc), por essa razão discordo da sua visão que Braga tem pouco para oferecer.
    Mas num ponto estamos de acordo, todo este potencial tem sido desperdiçado por quem coordena o turismo em Braga. Seria necessário profissionalizar e formar este sector, ter uma boa capacidade de iniciativa para revitalizar o centro histórico”Baixa” (devolver a traça às praça e edifícios, dar vida com actividades atractivas). É necessário desenvolver um trabalho similar ao que foi desenvolvido em Guimarães, não é assim tão complicado com parece, havendo boa vontade!
    Penso que esse é o caminho que dever seguir a cidade de Braga.

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  13. Pedro Morgado concordo contigo.
    O Porto é uma cidade de duas caras! Bajula-se para os investidores por ser uma cidade rica, prospera, moderna, que é o centro de 3 milhões de pessoas (mas fornece apenas os dados (PIB, poder de compra, etc) do concelho do Porto, bla bla. Mas quando se representa para a União Europeia, ou para o Governo é: ai e tal porque o NORTE é pobre, precisa de investimento, não tem condições, não recebemos nada e como o Porto, que também está em crise, está no centro da região invista-se no Porto que já serve a região!
    Há mais de dez anos que o Porto não pára de receber grandes investimentos, mas o resto do Norte anda à migalhas.
    Porra até quando é que o Minho e Trás os Montes vão dormir! A estratégia é a mesma à anos! Porque será que o Minho e os Trás os Montes estão pobres? Não é muito difícil de compreender. O crocodilo do Porto é sempre o mesmo, é a segunda cidade mais rica de Portugal, e continua-se a queixar...

    O Norte é pobre porque o Porto passa a vida a dizer que é o centro do Norte, e ele é que deve receber investimento deixando MAIS UMA VEZ O NORTE AINDA MAIS POBRE. QUEM PRECISA DE INVESTIMENTOS NÃO É O PORTO MAS SIM O RESTANTE NORTE.

    O Porto é mais centralista que Lisboa.

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  14. Ena pá, o pessoal do Porto vai ficar chateado porque os “escravos estão a voltar-se contra o patrão” abrindo os olhos para a realidade (um asfixiamento de uma região, Norte, pela parasita do chamado Porto)!!

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  15. Antes pobres mas dependentes do nós próprios e livres do que ricos mas sem alma.

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  16. O problema é que o Minho não se soube transformar em marca. O Alto Minho quase é uma região de turismo eficiente. Pelo contrário Verde Minho é uma desgraça. Deve dinheiro a toda a gente, não possui capacidade de fazer nada, é só "peito". E, pasme-se, o fulano ainda pretendia ser presidente de uma Região de Turismo do Minho. Eu nunca percebi porque é que não se criou uma região de turismo única, a sede até podia ser em Viana, mas com gente competente. E reconheça-se que na Alto Minho há. A sua estratégia actual é um pouco absurda, mas poderia não ter sido evitada. Viana vai pagar caro este casamento de interesse. O Vale do Lima e o Vale do Minho vão perder imenso com esta união.

    Quanto a Braga, os que dizem que Braga não temos nada para mostrar, são normalmente os mesmo que nunca foram visitaram a Sé (não é ir lá), os Biscainhos, Tibães, etc.. São os mesmos que não conhecem a história de Braga. E a história poderia ser o melhor produto turístico de Braga. Só que não sabemos apostar nela.

    Um exemplo. A Via Nova (pelo Gerês) é uma dos troços de estradas romanas mais bem preservados. Com um património enorme de marcos miliários, etc. Ainda que a parte mais interessante esteja em Terras de Bouro, o marco zero estava em Braga. Falar da Via Nova será sempre falar de Braga. Um das interessantes narrativas sobre a via até tem o curioso nome de "Thesouro de Braga descoberto no Campo do Gerez". Através do INTERREG III, vários municípios, universidades, bem como outras entidades, integram um projecto interessante sobre esta via romana. Acredito que em breve será também um produto turístico. Braga participa? Não. Porquê? Desconheço. Mas Braga com marco zero deveria estar neste projecto.

    Braga fez e continua a fazer opções erradas e sem estratégia. Se o futuro laboratório ibérico quiser organizar congressos vai organizar onde? No PEB? Claro que não, aquilo é muito mau.

    O nosso presidente, que gosta mais de túneis que o João Jardim, nunca se lembrou de fazer o único que valia a pena fazer. Unir o parque da Ponte ao Picoto num grande Parque Sul.

    Ficámos com o Estádio da Pedreira, ou lá como se chama aquilo. Uma obra emblemática. Só que é mais uma obra emblemática do mesmo arquitecto da:

    Grande Nave. Serve para quê? Parece que também ganhou prémios na altura. E quanto custou? Seria engraçado actualizar os custos desta grande obra e perceber quantas obras se poderiam fazer hoje com os mesmos custos.

    Mercado Carandá. Outra obra premiada que o próprio arquitecto ajudou a demolir para finalmente servir para algo. Embora continue a servir para muito pouco.

    Claro que com este dois cartões-de-visita só ele poderia desenhar o novo estádio.

    Também já me disseram que o mesmo arquitecto desenhou um hotel para o topo da Avenida da Liberdade. Eventualmente ninguém o construirá. É que os privados procuram eficiência. Não procuram uns artigos nas revistas de arquitectura.

    O Porto é uma marca que pode representar o Norte? Como Madrid pode representar a Península Ibérica.

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  17. Minho... Uma região que vale por si... infelizmente governada por atrasados sem visão... até quando a nossa revolução regional (Economica e Cultural)!!!...

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  18. A prova provada que somos um povo acomodado e de mentalidade tacanha é a existência de duas regiões de turismo para o Minho...isto até dá vontade de rir.
    Sendo que a Região de Turismo do Verde Minho (onde Braga se inclui) uma perfeita desgraça. Esse senhor Henrique Moura é de uma incompetência que chega a incomodar mas mesmo assim não deixa de ser arrogante. Se para promover o Norte de Portugal no exterior já é complicado imaginem o que será promover o Minho. Agora imaginem o que será promover duas regiões dentro desse Minho..sem comentários.
    O melhor do Minho está sem dúvida no Alto Minho...aí está o grande potencial turísitico. A Região do Verde Minho poderia ser bem melhor trabalhada, principalmente a cidade de Braga. No entanto, só perde em estar separada do resto do Minho.
    Isto é coisa de gente com mentalidade de Presidente de Junta de Freguesia....uma tristeza...

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  19. Tanta reclamação.....Ainda vivem em Braga?
    Bem que podiam ir embora que o trânsito fica mais aliviado.

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  20. lds,

    Que sejas um saloio acomodado que se satisfaz com pouco, tudo bem. Infelizmente há milhares como tu em Braga. No entanto, não critiques quem aponta os problemas da cidade. Nem todos se deixam enganar,felizmente...

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  21. Como defendo a autocracia, defendo também que deveriam ser minhotos a decidir esta questão. Independentemente de qual for a opção que os minhotos preferirem. Aqui estarei sempre do vosso lado.
    Se quiser lutar para poder ter uma escolha nesta questão, pode contar comigo.

    Mas na hora de escolher, a minha recomendação não será diferente da actual: penso que o Minho só terá a perder em ficar fora de uma RTNorte.

    De resto, não me interessa quem manda na Região de Turismo Norte nem onde fica sedeada. Também aqui defendo o que sempre defendi: idealmente localizada fora do Porto, e preferencialmente com presidência rotativa entre as 4 sub-regiões (ou solução equivalente).

    A quem quiser participar na discussão noutro blogue, podem ir aqui:

    https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6555611667510440690&postID=161744366311918581

    http://norteamos.blogspot.com/2007/09/regio-de-turismo-do-norte.html

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  22. É assim mesmo pessoal!

    O Porto (que tem a mania que é norte) reclama de lisboa...braga (que tem a mania que é minho) reclama do porto e os transmontanos (que coitados não tem mania de nada) reclamam do minho...

    Que tristeza franciscana...imagino as gargalhadas de muitos centralistas em lisboa ao lerem o que se escreve por aqui...

    E quanto aqueles que dizem é que é centralista temos sempre que ver o lado positivo:
    Se alguém de braga quiser fazer uma manifestação anti-centralista só tem que percorrer 50 km em vez dos habituais 360 km...é só vantagens...

    Para muitos de vós só tenho uma frase: deixem-se de preconceitos futebolisticos que o assunto é muito mais sério do que isso...

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  23. O problema de Braga é o do costume. Avança o PRACE e desaparece a DR Agricultura única na cidade e nem um murmúrio. È a zona mais jovem do País mas o IPJ norte terá sede no Porto e nem um murmúrio. Lembro que Vila Real, Mirandela, Aveiro, Guarda, Viseu e Castelo Branco não perderam ou ganharam direcções regionais. Perante a nossa apatia o futuro é a diluição na Área Metropolitana do Porto. E mais não merecemos. De capital da Galécia a grande centro de benfiquistas. Penso eu de que...

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  24. Sobre esta questão e reforçando o meu último comentário o Minho até ficará a ganhar. O Sr. Moura bateu-se publicamente pela região Minho. O traidor que desgoverna esta terra defende a região Norte mas acha parolo reivindicar a Sede. Todo o País é parolo excepto Braga! Há sérias hipóteses de a sede ficar em Viana do Castelo (ver imprensa de Coimbra de hoje: Diário de Coimbra e/ou Beiras). O Problema não é o Porto. Penso eu de que...

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