Segundo o Jornal de Notícias, o cabido da Sé de Braga está à espera que o Governo considere de "superior interesse cultural" as obras a relizar na mais emblemática Catedral de Portugal. As obras que o cabido considera urgentes e que incluem "a intervenção na fachada principal, com a consolidação das pedras, a recuperação da capela Baptismal e da Nossa Senhora da Glória, além da salvaguarda dos azulejos da capela de S. Geraldo" não serão financiadas pelo IPPAR, sendo necessário encontrar mecenas para ajudar nos encargos.
Sendo consensual que a intervenção na Sé Catedral de Braga tem "superior interesse cultural", o atraso só pode justificar-se pela excessiva burocratização do sistema ou pela incompetência atroz dos serviços centrais. O nível de centralização reinante é tal que, para considerar o "superior interesse cultural" de uma obra em Braga, são necessários pareceres de dois organismos sediados em Lisboa.
Este caso trouxe-me à memória outras declarações de interesse, levando-me a concluir que, em Portugal, é mais fácil declarar o interesse público de um jogo de futebol do que o interesse cultural de um monumento com quase 900 anos de História... Crónica de um país descartável com prioridades efémeras.
Superior interesse cultural? Se calhar, antes (aliás, muito antes) de ser um interesse cultural, é um interesse de outras coisas que pouco ou nada têm a ver com cultura...
ResponderEliminarPatrimónio histórico, religião, turismo vêm logo à cabeça, muito antes de de um interesse cultural em/por si.
Compreendo absolutamente a demora.
Deitem abaixo a Sé. O mesquita que chame o rodrigues e névoa e o veloso e faça lá um prédio de escritórios espelhados como aquele lindo do campo da vinha!
ResponderEliminarVamos fazer uma petição para deitar abaixo a sé de braga!!!