As vimaranenses Nicolinas são as que melhor vão reproduzindo o arquétipo original. Resistindo à inclusão dos estudantes da Universidade do Minho, mantêm-se fieis às tradições seculares, uma fidelidade que, no momento actual, é um dos seus maiores atractivos.
Por oposição, as bracarenses celebrações do Primeiro de Dezembro continuam a definhar. E correm ainda mais perigo à medida que o nacionalismo se vai confundindo com patriotismo e o gosto de se ser europeu se sobrepõe ao orgulho de ser português. Seria desejável manter a tradição. Criticar os costumes, rindo-nos de nós próprios, só pode ser positivo e salutar. A AAUM recuperou a tradição e acabou por lhe dar novo impulso, embora os resultados ainda estejam aquém do desejável. O Primeiro de Dezembro tem que ser devolvido à cidade e converter-se na festa do estudante bracarense.
Finalmente, o Enterro. Bebendo na tradição bracarense das Festas Estudantis dos Alunos do Liceu Sá de Miranda, é a maior festa académica do Minho. Contudo, a tradição minhota foi-se esbatendo e chega mesmo a ser contraditório juntar, na mesma noite, o Velório bracarense com a Serenata de Coimbra. É que o enxerto da tradição conimbricense na alegria bracarense do velório levou a tradição a descambar para uma hibridez que chega a ser desagradável e embaraçosa.
Muito bom o texto e que subscrevo inteiramente. Ainda em relação ao Enterro da Gata, fiquei muito desiludido com a qualidade do cartaz.
ResponderEliminarSó não concordo com uma coisa!
ResponderEliminarAs Nicolinas movimentam numa noite mais gente que o Enterro nos dias todos! Mais de uma centena de milhar de pessoas estão nas ruas de Guimarães no dia 29 de Novembro, a tocar ou a vêr o cortejo dos "estudantes"!
De um Vimaranense que estuda... em Braga, e que adora as duas maiores festas académicas do Minho...
Caro lopez,
ResponderEliminarA sua informação carece de confimarção.. O Enterro mobiliza seguramente mais gente que as Nicolinas.