Cláudia Melo é a nova Presidente da ANEM. Tem pela frente um caminho árduo e difícil na busca de consensos e sinergias entre as associações de estudantes das sete escolas médicas de Portugal. A Educação Médica vive momentos particularmente agitados pelo que o mandato que hoje se inicou será extremamente exigente.
O Governo parece determinado na incauta ideia de formar médicos sem qualidade e para o desemprego. Vale tudo - desde sobrelotar escolas com aumentos obstinados e poucos razoáveis do numerus clausus até admitir licenciados de outras áreas sem se saber como nem em que condições ingressam no curso de Medicina.
Os estudantes de Medicina parecem destinados a decorar a função do gene NKX2-5 para poderem ser ortopedistas ou médicos-legistas. Há quem esteja mais preocupado em decorar 900 páginas que em perceber a (ir)racionalidade de tudo isto.
Estes são alguns dos temas em que a Cláudia Melo terá de representar e defender os pontos de vista dos estudantes de Medicina. Conhecendo-a como conheço (acompanhou-me nos 2 mandatos em que presidi ao NEMUM), não tenho dúvidas em afirmar que a Cláudia estará à altura do desafio (e que desafio!).
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Eu espero bem que ela seja bem sucedida, porque realmente a irracionalidade no ensino da medicina impera a vários níveis.
ResponderEliminarQuanto aos licenciados, este ano houve vagas na FML. Têm todos, no mínimo, um mestrado e são quase todos doutorados. Acho que estão todos no 1º ano. Não deixa de ser curioso que tenha havido várias centenas de candidatos (eu troco o 7 com o 4 por isso não me lembro se eram 400 ou 700) para 7 vagas. Porém, acho que estavam todos em investigação em áreas relacionadas com a saúde e não me parece que o director aceite alunos com outro tipo de qualificações, uma vez que ele disse na inauguração do ano lectivo que os alunos licenciados eram uma mais valia por terem mais conhecimentos de ciência básica/investigação.