Avenida Central

Os Detectores de Metal e os Sítios Arqueológicos [3]

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«A Polícia Judiciária constituiu como arguido um ex-emigrante nos Estados Unidos, de 58 anos, natural e residente na aldeia de Lebução, em Valpaços, por presumível actividade continuada, ilegal, de escavação, junto ao castro da aldeia de Cimo de Vila da Castanheira, em Chaves. O caso já remonta a 2008 e foi com base nas notícias dessa prática ilegal que os serviços da autarquia apresentaram queixa, junto do Ministério Público.
Ontem, depois de uma investigação por parte da PJ, o ex-emigrante, que supostamente recolhia e guardava vários tipos de achados arqueológicos, das épocas romana e medieval, foi surpreendido pelas autoridades na sua residência e a PJ apreendeu um total de 113 artefactos e fragmentos, de entre os quais moedas e objectos metálicos, em barro e em granito, bem como de dois detectores de metais que terão sido utilizados nessa actividade.» [DN, 17/02/2009]

Posto que já anteriormente tinha abordado esta temática no Avenida Central, achei apropriado dar aqui especial destaque à notícia acima transcrita. Notícias como esta são raras, embora esta prática criminosa seja recorrente, e as suas consequências sejam sentidas pelos arqueólogos no seu dia-a-dia profissional.

Não existe uma investigação judicial contínua de combate a estas e outras situações de ameaça ao nosso Património, o que faz com que apenas se actue verdadeiramente quando há uma denúncia. O princípio da denúncia nunca foi bem aceite em Portugal, país de brandos costumes e de “boa gente”. Daí que quem denuncia seja, por vezes, “castigado”.

[um texto de Gonçalo Cruz]

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