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Importam-se de repetir?

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A Juventude Popular de Esposende, sempre expedita na defesa da (sua) moral e dos (seus) bons costumes, diz que «devem ser privilegiados os espaços de proximidade, como sejam os cafés ou bares em detrimento de espaços de grande aglomeração de pessoas, nomeadamente discotecas». E acrescenta que «as pessoas preferem ter os seus filhos no café das suas localidades do que em discotecas».

Os jotinhas têm razão. As discotecas são locais nauseabundos onde se fumam coisas esquisitas e há demasiado suor a escorrer pelos corpos. Já os espaços de proximidade têm um ambiente muito mais convidativo para uma tertúlia sobre a homilía do domingo que passou, sobre a última colecção da Gant ou sobre os horrores anti-natura da sociedade pôs-moderna, temas que certamente preenchem as conversas dos jovens conservadores da praia de Braga.

Eu vou mais longe: sugiro aos jotinhas que se opinem também sobre a qualidade da música que passa nas discotecas. Estou certo de que as pessoas preferem ter os filhos a ouvir João Pedro Pais e André Sardet do que essas inglesadas horríveis a bombar...

18 comentários:

  1. Pedro,
    Esta reflexão sociológica deveria também estar no Norteamos.

    Provavelmente a explicação é mais simples: Aumentar a frequencia dos cafés para aumentar as vendas...

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  2. Gosto mais de cafes que de discotecas. Não consigo, no entanto, deixar de achar ridicula essa preocipaçao dos jotas com os "bons costumes". Daqui a pouco dizem que as pessoas so devem namorar em casa dos pais e sob vigilancia, nao?!

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  3. Imagino os ditos jotinhas...durante a semana publicam pareceres políticos de semelhante insondável craveira intelectual. Aos fins de semana apanham "bubadeiras" de caixão á cova...nas discotecas da moda, claro.

    Vá-se lá perceber esta gente...

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  4. Mais ridiculo é quem perde tempo a comentar o que dizem os jotinhas sejam de que partido forem. As juventudes partidárias em Portugal são um antro de gente medíocre. O nível de educação e cultura nas jotas é nulo.
    Perguntem nos RH de uma grande empresa o que acham de ver no CV de um candidato o facto de ele fazer parte de uma juventude partidária. Eu já fiz processos de selecção em empresas e sempre encarei como negativo quando me aparecia isso num CV que eu estivesse a avaliar.

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  5. ó morgado nunca levaste um pêro bem assente na tromba, pois não?

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  6. As criticas aqui feitas pelo autor do blog e pelos comentadores aos jotinhas sao muito injustas. Se muitos jovens fizessem tanto quanto fazem muitos jotinhas, talvez tivessemos um país com cidadaos mais interventivos e mobilizadores. Calem-se,deixem de criticar quem faz alguma coisa, e falem menos e façam mais.

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  7. Pedro até seria bom não apagares o comentário das 17:48 que serve oara mais uma vez provar (como se fosse necessário) o nível dos jotinhas cá do burgo.

    Engraçado na minha faculdade os que fazim partes das jotas tinham em comum, regra geral, as mesmas características: péssimos alunos que usavam a "actividade política" como desculpa para as más notas e ignorância brutal; ausência de educação, mentalidade rural e falta de escrupulos.

    Jotinhas são o nível mais baixo da juventude portuguesa.

    Qem tem valor, competência e integridade nunca fará parte dessas jotinhas....

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  8. Para mim cada um tem os seus gostos musicais e cada um ouve o que quer.
    Eu, por acaso, não sou grande adepto das músicas de discoteca, mas há quem seja.

    E, caso fosse, não era pelo facto dos meus pais preferirem João Pedro Pais e André Sardet, que eu iria mudar as minhas preferências.

    Na discoteca passam a música que querem, só lá entra quem quiser e pelo que sei costumam estar cheias, por isso mau sinal não é.

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  9. eu nao percebo qual é o fim deles, gosto da força de vontade , mas ,nao percebo, coicidencia das coicidencias, a maior parte dos jotinhas é só gente do Sóócial e Pópular de cada terrinha, ao que eu agora chamo de JJ, JJente JJira !!

    e nem mais , apoio e confirmo o comentário do max , que ao fim-de-semana , é so BBerdadeiras BBubas!!
    sobre a música, entre andré sardet e tecno + musica foleira das discotecas da zona de esposende(brasileiradas e afins), nem sei!

    Indo mesmo ao cerne do comentário, nao percebo de que falam esses jovens voluntários(???) da política pq cafes e discotecas neste momentos,sao quase a mesma coisa, muda o horario, e eles frquentam pelo que sei tanto um local como o outro

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  10. Pedro,

    Hoje estreio-me no teu blog e para mal dos meus pecados não é para comentar o teu post... até por que não me parece de grande interesse aquilo que a JP opina sobre bares e discotecas. Tal como acontece com a maior parte das temáticas que decidem abordar, os jovens centristas ou populares espalham ai verborreia moralista que dá náuseas... e bem prega frei Tomás...
    No entanto o moralismo não é monopólio exclusivo dos beatos... o moralismo pariu e continua a parir muitos filhos. É um conceito demasiado vasto que alberga não só os valores cristãos e ocidentais mas também os da sociedade "pós-moderna". Esta coisa de dizer que as "jotas" são uns bordeis onde o pessoal "vende os três" para subir na vida constitui um axioma para aqueles que, por incompetência ou por opção, decidem que um projecto colectivo é coisa que não existe. As generalizações são perigosas e o senhor que já trabalhou no departamento de recursos humanos de não sei onde demonstra a sua inabilidade para a arte ao proferir afirmações desse tipo. Dizer que as jotas são o limiar mais baixo da juventude portuguesa é uma idiotice tão grande como dizer que os lisboetas são menos trabalhadores que os minhotos (ehehhe, foi de propósito).
    Este tipo de afirmações tão gratuitas e tão fáceis não ficam atrás de outras como o "centrão é que manda", o problema do país e da sua angustiante epopeia é a corrupção e a função publica, somos um país de sangue latino e paspalhices dessa ordem... Sinceramente enoja-me um bocado este desfilar de diagonósticos parolos e preguicosos...

    P.S. O anónimo daqui do burgo que já estudou na FACULDADE precisa de adequar o seu léxico pós-moderno. Não pode ser linguagem rural... suburbano é mais preciso... Aproveito para informar que nem todos os militantes das jotas são assim... Isso deve resultar de questões de afinidade identitária mais do que de lógicas de grupo exclusivas das jotas. Acabem lá com as generalizações abusivas e parem de tentar encontrar macro-gangrenas da sociedade portuguesa. Também essas afirmações são moralistas e castas qb

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  11. Foste pegar no dicionário para escreveres tanta coisa e nada transmitires....mais um desocupado...

    Quem conhece a realidade das juventudes partidárias em Portugal sabe perfeitamente que aquilo é um antro de gente que quer chegar a alguma lado sem nada fazer por isso. É essa a imagem actual. Existem excepções mas mesmo muito poucas.

    Por isso entendo perfeitamente essa pessoa dos RH de uma empresa que não vê com bons olhos gente que se dedica a esse tipo de movimentos. O nível geral desses jotinhas é mesmo muito baixo, é a realidade e não adianta esconder.

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  12. Caro anónimo...

    Um militante de juventudes partidárias que escreve alguma coisa só pode ter recorrido ao dicionário...
    Num processo de comunicação a coisa é feita a dois... um emissor e um receptor... a culpa por vezes pode estar do lado do receptor...
    (juro que não consultei nenhum dicionário).
    O teu último post é a prova provada de que enfiaste com tamanha obstinação o axioma na cabeça que nem com uma lobotomia ele poderia ser desalojado...
    Mais informo, e dou por terminada a discussão, que nem todos os jotas são uns idiotas carreiristas. Por incrível que pareça há quem acredite num projecto e que por isso abdique do conforto da sua bacoca auto-contemplação lamurienta... Só tou a tentar fazer com que enxergues uma evidente realidade: nem todos os militantes das jotas são necessariamente carreiristas e obtusos. É uma generalização abusiva(mais uma vez sem dicionário)... Penso que assim a minha ideia se encontra derramada de forma mais contundente e leiga...
    Quanto ao facto de todos os jotas que conheceste serem assim, o problema se calhar é teu e não dos jotas...
    Já agora, algum deles teve melhores notas que tu na F-A-C-U-L-D-A-D-E (ler com tom jocoso e de forma pausada)? É muito ressabiamento junto...


    Um militante das jovens esquerdas ( baixas). Daquelas que não dão grandes tachos...

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  13. Só para que não surja nenhum equívoco: acho a consulta do dicionário um gesto de elevada nobreza e mais que isso, um sinal de inteligência. A julgar pela riqueza do vocabulário do nosso caro anónimo, prescrevo veementemente a utilização compulsiva do artefacto.

    Saudações

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  14. "Só tou a tentar fazer com que enxergues uma evidente realidade: nem todos os militantes das jotas são necessariamente carreiristas e obtusos"


    Pegar no dicionário faz sempre falta e por muito que procures nunca irás encontrar o verbo "tar".

    Vens para aqui com um vocabulário todo reboscado, escreves e escreves e nada transmites. Por muito que tentes argumentar, a imagem dos jotas em Portugal é essa mesmo: gente medíocre, que procura um tachito qualquer através dos partidozitos, pois de outra forma nunca o conseguiriam. Essa é a imagem junto da grande maioria dos portugueses e não adianta esconder. Logicamente que existem excepções mas são isso mesmo, excepções.

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  15. Pedro Monteiro, estás na actividade certa!vou ficar desvanecido se saires da politica(nao sei od é o assento no i pq nao tenho dicionario)

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  16. Caro anónimo...

    Não me vou dar ao trabalho de procurar desalmadamente os teus erros ortográficos... isso seria demasiado rebuscado...
    Quanto à ideia principal, se não entendeste não a vou explicar outra vez. Fazer afirmações taxativas dessa ordem tornam qualquer tipo de discussão demasiado complicada. Chutar para canto as excepções é só mais uma forma de não questionar aquilo que são certezas absolutas.
    Em relação ao Bruno Lage, lamento imenso "desvanecê-lo" mas a probabilidade de me ver na alta roda é nula... Pode parecer estranho mas nem todos os militantes das jotas são necessariamente dirigentes... Enfim... e se esta discussão me levou a escrever foi por que entendo que os partidos políticos e as jotas devem ser avaliados pela sua realidade concreta e não por abstracções... É demasiado fácil dizer que a culpa é toda dos outros e se for possível organizá-los em seitas facilmente identificáveis melhor ainda. Alivia-nos a consciência encontrar alvos fáceis para destilar toda a nossa veia viperina...
    Não sei se adiantará muito mas recomendo o "é preciso agir" de Brecht...

    Saudações não rancorosas de um ex- jota (por questões de idade) que não lucrou nada em ser jota excepto uma experiência a todos os níveis enriquecedora

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  17. Pedro Monteiro, mas vamos focar o post! O que achas da iniciativa dos jotas de esposende? Eu acho que é apenas uma intervenção, para mostrar que a fizeram, não tem qq ideia por base, e acho, conhecendo os jotas que conheço,que tal intervençao não é coerente com o estatuto da MAIORIA deles! Ainda para mais, da Juventude Popular.
    Eu próprio já pensei nos jotas para evolução do intelecto e para me aperceber melhor de tudo o que se passa à minha volta com a parte política sempre presente. mas , de maneira muito mais que simples vou explicar o que a maior parte dos jovens que querem integrar numa juventude pensam :
    -os que se identificam com a direita: ora bem, eu ia para estes,mas ,fogo só cocos armados em conservadores mas so fazem lodo, ve-se mesmo que estão a guardar o lugar ao sol. só querem é andar no sóócial(e vai ao encontro do post-DISCOTECAS)
    -os que se identificam com a esquerda: eu acredito na mudança,sei que isto é um jogo mais que viciado mas vou fazer tudo o que está ao meu alcance e INTERVIR o máximo que puder, se bem que lá...aquilo está minado de jovens com t-shirts de um individuo que mal sabem quem é, e vieram para aqui porque se acham jovens rebeledes.

    mas, como tudo, ha excepçoes(que infelizmente se perdem a meio)

    pode parcer uma analise fútil , mas é a realidade.

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  18. Caro Bruno Lage
    1-Aqui é que está o ponto da discórdia. É uma análise, que eu não apelido de futil, mas é tua. Não é a realidade. E se estou a contrariá-la não é por ter grande estima pelos populares. Apenas acho que a análise é demasiado superficial.
    2- Não suporto ler comentarios de quem se arroga a catalogar os outros como seres ultramontanos e atrasados para gáudio pessoal. Uma réstia de inteligência é impedimento mais do que suficiente para o nosso caro anónimo perceber que não é particularmente brilhante e que há jotas que não são os labregos que ele pinta do alto da sua sapiencia confrangedora... Que está bem demonstrada nos argumentos que esgrimiu ( dizer muitas vezes que os jotas são uma lástima não transforma em realidade esta proposição)
    3- Expliquei no primeiro post o motivo do meu comentário. Da JP já vi coisas muitos mais horripilantes ( desde o presidente da comissão política aqui do burgo dizer que: "se o aborto fosse despenalizado quantos de nós estariam aqui hoje?").
    4- Quanto as t-shirts do ernesto é um puro golpe de marketing. Mais informo que a maior parte dos militantes das jotas das esquerdas não as usa pela exploração que se faz da dita iconografia. (uma prova provada que os estereótipos são hiper-simplificações da realidade)
    5- Por fim, como síntese daquilo que eu aqui escrevi, entendo que o acto de um jovem se inserir num projecto colectivo que pretende ser normativo é , regra geral, um gesto altruísta que enriquece a democracia e a sociedade. Não quero com isto dizer que não há carreirismo. Mas esse fenómeno não é exclusivo das jotas e não pode esconder as virtualidades da participação juvenil em movimentos politicos.
    6- Qual advogado do diabo, tenho que afirmar que mesmo nos partidos ditos do arco do poder existem pessoas honestas e de valor.
    7- Penso que este tipo de afirmações encontram-se de tal forma emaranhadas no senso comum que por vezes são apresentadas como causas estruturais quando não passam de questões de somenos importância quando comparadas com os grandes problemas e servem para não diferenciar o que é diferente.


    Saudações cordiais

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