Avenida Central

Na BlogConf com António José Seguro

| Partilhar
1. Vítor Pimenta, das terras de Basto, abre a conferência questionando os 500€ anuais que gasta nas portagens entre Braga e Cabeceiras.
«Os deputados eleitos nos 4 maiores distritos representam 50% do número de deputados do país. Portanto, temos um país desequilibrado. É necessário um planeamento estratégico que não atenda apenas às necessidades dos grandes aglomerados urbanos. Por outro lado, o país tem apostado mais no desenvolvimento da rodovia do que na ferrovia. Uma pessoa que vai de Guimarães ao Porto demora 30 minutos se for de carro e mais de uma hora se for de comboio... Contudo, foi necessário fazer opções e o país optou pela rodovia. Eu considero que o facto de haver um acesso de Cabeceiras à autoestrada é um beneficio que a ser utilizado tem que ser pago. O compromisso que temos é tudo fazer para fechar o anel ferroviário entre as quatro principais cidades do distrito (Braga, Barcelos, Guimarães e Famalicão). Quanto ao resto do distrito, vamos tentar que os horários sejam mais adequados às necessidades das pessoas.»

2. Cláudia Rocha Gonçalves questiona António José Seguro sobre as políticas de urbanismo.
«(...) A regionalização poderia ajudar a que o planeamento fosse feito de forma mais correcta. O desenvolvimento deve ser perspectivado numa lógica supramunicipal e não como uma soma de interesses municipais.»

3. Perguntei sobre as propostas do PS e dos deputados socialistas de Braga para a Ciência e o desenvolvimento industrial de base tecnológica.
«(...) O Quadrilátero Urbano (Braga, Guimarães, Barcelos e Famalicão) tem sido decisivo para os investimentos serem feitos numa lógica regional e supramunicipal. O distrito tem imenso potencial em termos científicos. (...) Continuar a aposta no Instituto de Nanotecnologia e reforçar o apoio ao I3D.»
4. Paulo Silva, de Guimarães, questiona sobre a proximidade de eleitos e eleitores.
«É necessário tonar mais ágil a proximidade entre os deputados e os eleitores. (...) Eu próprio criei uma página pessoal para dar conta da minha actividade política aos eleitores. E já propus também uma organização diferente para o calendário de trabalho dos deputados, reservando uma semana mensal para o contacto com os eleitores do seu círculo eleitoral. Enquanto isso não acontece, os deputados socialistas eleitos por Braga continuarão a promover contactos regulares. É esse o meu compromisso. (...) Enquanto a regionalização não acontece, os deputados do PS por Braga comprometem-se a organizar um congresso de dois em dois anos

5. Vítor Pimenta pergunta sobre a criação de círculos uninominais, sobre os custos da regionalização e sobre a necessidade de uma reorganização administrativa dos concelhos e freguesias existentes.
«Qualquer proposta de reestruturação do modelo político deve garantir a representatividade. Eu penso que todos os partidos são importantes para a democracia. O que defendo é uma conciliação entre uma escolha da parte do partido e uma escolha da parte do eleitor
«A regionalização tem custos, obviamente. O problema é que a não-regionalização também tem custos e eu penso que são maiores.»
«Sobre a última questão, penso que deveríamos concertar-nos mais nos recursos da nossa terra e menos no estatuto que ela tem.»
«O Presidente do Parlamento poderia propor que, para além das prioridades do partidos, houvesse um calendário do próprio Parlamento que permitisse debater assuntos importantes para o país. Por exemplo, corrupção. Seria muito importante haver debates de fundo nesta matéria para os projectos de lei não serem retalhos ou remendos que respondem aos problemas com imediatismo.»

6.Cláudia Rocha Gonçalves questiona sobre o facto dos Planos Directores Municipais serem alterados em função de interesses locais. É de opinião de que deveriam passar para o Ministério competente, saindo da alçada das autarquias.

7. Questionei sobre o Turismo e o Portocentrismo.
«Braga e o Minho têm potencialidades, o problema é saber quem lidera a afirmação do distrito numa lógica regional. Tornar Braga subsidiária do Porto é um disparate

8. Paulo Lopes questiona sobre a Capital Europeia da Cultura em Guimarães.
«O Governo tem apoiado o projecto de forma total. Penso que deve ser um projecto construído numa lógica regional e penso que o projecto deve deixar uma herança para a cidade em termos de criação artística, captação de novos públicos e da melhoria daquilo que o distrito pode oferecer

9. Luís Soares questiona sobre o facto do Partido Socialista ter desperdiçado a oportunidade de fazer a regionalização mesmo sem referendo. Questiona também o facto de não haver rede de transportes públicos financiados fora de Lisboa e do Porto.
«Em relação à segunda questão, quando a propósito da crise dos combustíveis o governo financiou algumas empresas de transportes públicos e não outras como os TUB aqui em Braga, por exemplo.
Quanto à regionalização, eu penso que a palavra deve ser devolvida às populações porque já uma vez se manifestou contra essa opção.»

8 comentários:

  1. "questionando os 500€ anuais que gasta nas portagens entre Braga e Cabeceiras."

    Pensavas que as estradas eram de graça? Toma, vai buscar...

    ResponderEliminar
  2. Perguntas interessantes...mas não haveria outras mais importantes face aos problemas dos portugueses?

    ResponderEliminar
  3. Tenho pena que escolhessem um candidato que nunca vem a Braga.
    Mas pelos vistos o vosso voto útil é assim.

    ResponderEliminar
  4. Ao anónimo 20:45

    As minhas perguntas foram feitas segundo os meus interesses, é por isso que vou votar para defender os mesmos. Os políticos é que se encarregam de defender os interesses das populações (ou deveriam).

    Ao anónimo 21:06

    O candidato é que escolheu os bloggers. Não nós.
    Mas eu gostava de saber quem foi a fadinha que lhe disse que eu ia votar PS ou quiçá PSD.

    ResponderEliminar
  5. "Tornar Braga subsidiária do Porto é um disparate.»"

    É uma inevitabilidade!

    ResponderEliminar
  6. O SR. AJS teve muitas oportunidades neste governo para se preocupar com a ferrovia e não fez nada! Foi convidado pela comboiosxxi.org para debater o assunto e não apareceu! O assunto foi discutido na ARepublica e não se pronunciou sequer!!!! Não percebe nada do assunto, deve ter lido umas coisas na noite anterior e mandou umas bocas!
    É impossível nos proximos anos fazer o anel! Há obras bem mais urgentes previstas há 20 anos e q ainda não avançaram!
    Coitadito!
    O Sr. AJS não nos representa!!!!!
    Outra associação da qual faço parte www.infamilia.org nos últimos 2 anos enviou-lhe 4 ou 5 cartas a questionar o seu sentido de voto no Parlamento e ele nem teve a dignidade de responder!!!!! Fêlo apenas numa das ocasiões por cortesia com uma resposta vaga... enfim!
    Quem quiser q vote nele!

    ResponderEliminar
  7. Caro Bruno,

    Sobre a ferrovia, o destaque é da minha autoria. O AJS elencou outras obras que considera indispensáveis para melhorar a qualidade da ferrovia no Minho.

    ResponderEliminar
  8. A propósito do comentário do Bruno Almeida, 13h35, seria interessante* saber-se, no global, quantas viagens de comboios efectuam os senhores deputados.

    Para tornar a leitura mais interessante, até podíamos deixar de fora as viagens Lisboa-Porto.

    * poderia ser interessante ou não ter piada nenhuma.

    Apostas?

    ResponderEliminar

Antes de comentar leia sobre a nossa Política de Comentários.

"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

Pesquisar no Avenida Central




Subscreva os Nossos Conteúdos
por Correio Electrónico


Contadores