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Na Paz e na Guerra

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© Dario Silva, 28-08-2009, estação de Coimbra Cidade

"Guia de Marcha

Foi da Estação de Coimbra-B que partiram os milhares de estudantes que, na tarde de 22 de Junho, foram assistir à Final da Taça de Portugal no Estádio do Jamor, em Lisboa, entre a Académica e o Benfica.

Nesse dia, os gritos de apoio à Briosa não se dirigiam apenas à equipa de futebol, mas a toda a Associação Académica e ao movimento estudantil. Foi uma autêntica manifestação política que chegou a Lisboa. Um desfile de milhares de estudantes que queriam mostrar ao país os motivos da sua revolta. A própria equipa da Académica sobe ao relvado com a capa caída pelos ombros, demonstrado o luto académico dos estudantes.

Em Outubro de 1969, a estação de Coimbra-B volta a testemunhar a união dos estudantes. Quarenta e nove dirigentes foram incorporados no exército com ordem de partida da gare de Coimbra, a consequência para quem tinha sido influente durante a crise. Centenas de colegas foram à estação despedir-se e foi então que se ouviu pela primeira vez o grito de revolta contra a Guerra Colonial"

Extraído daqui.

É só para lembrar que as estações de caminho de ferro foram, para muitos, o início de viagens sem retorno. De Braga, há quase 100 anos, também se partia em direcção à guerra, não a de África mas a de França. Uma e outra vez se provava a "utilidade" de ter todos (quase todos) os quartéis militares servidos pelo caminho de ferro. Braga, Vila Real, Tancos, Santa Margarida, Elvas, Base Aérea de Monte Real, Base Aérea de Beja são só alguns nomes.

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