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Capítulo 31: da regionalização da cultura

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Há vários anos que anseio por um aniversário com um concerto ou um jogo de bom futebol; nunca tive sorte e este ano até há jogo do Braga na UEFA na Quinta-feira anterior ao meu aniversário. Mas, pior que não haver nada para fazer, é haver uma possibilidade que, de tão má, dá vontade de amaldiçoar a preguiça que me fez não ter nascido mais cedo.

Dia 26 de Março há André Sardet no nosso Theatro Circo e o espectáculo até vai ser gravado para posterior edição em DVD. Mas as boas notícias não ficam por aqui: a sala está quase esgotada e, por isso, ficou em aberto a possibilidade de André Sardet assombrar ainda mais um aniversário; como não sou de celebrar grande coisa para além do meu aniversário, estou a salvo, mas todos os dias nascem pessoas e hoje até é dia 13: será no aniversário do leitor, com certeza.

Porém, a razão da crónica de hoje não é o concerto, mas as palavras de André Sardet. Explicando o motivo de ter escolhido Braga para gravar o seu primeiro DVD, disse: "Como alguém que não é dos grandes centros, achei importante passar a mensagem de que há uma sala em Braga onde temos condições para trabalhar e onde as pessoas são bem recebidas".

Talvez não perceba grande coisa de geografia ou simplesmente não saiba que o Theatro Circo, quando reabriu, chegou a ser a grande sala de concertos no Norte, numa altura em que tantos artistas e bandas tocavam apenas em Lisboa e Braga. Talvez não saiba, mas merecia que lho dissessem: concerteza que vende muitos discos e terá, portanto, muitas fãs, mas a verdade é que por cá já passaram muitos outros artistas e bandas que reconheceram o Theatro Circo como "grande centro" de espectáculos; e é isso que o tem tornado enorme, mesmo sem DVDs.

5 comentários:

  1. Acho que o sr. não está a ser hospitaleiro para com Sardet e manifesta alguma corrosibilidade na sua crítica.Goste-se ou não de Sardet, ele virá gravar esse DVD e isso é muito bom para Braga. Porque permite chegar a lugares inimagináveis através de uma rodela digital. O Theatro Circo é um excelente cartão de visita para Braga, uma aposta vencedora da nossa Câmara, que tudo tem feito para promover o turismo além-fronteiras.

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  2. Para mim, que tenho 24 anos o theatro circo não é palco de nada. Sou viciado em musica, gosto de vários géneros, desde jazz a electronica, e muito mais mas com os preços que se praticam para universitários e com o fraco cartaz para gente da minha idade nunca hei-de ir lá... Fui lá na abertura com a orquestra da Rep. Checa, onde o bilhete custou 10€, mas foi mesmo só para enganar meninos. Não consigo nem tenho paciencia para ver concertos de Andre Sardet. Para eu ver concertos tenho SEMPRE que recorrer ao porto, ou ao optimus clubbing com preços de 5€, repito 5€, ou ao teatro sá da bandeira, e estou á espera do Hard-club que tem no seu site uma votação para os leitores dizerem quem gostariam de ver lá. Parabéns ao Porto. Infelizmente não dá para usufruir do Theatro Circo...

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  3. Oh Dona Ana Galvão,

    Eu não sei se é bom para Braga, para o Sardet, ou vice-versa.

    Sei é que lhe dava a corrosibilidade na rodela.

    Theatro Circo, aposta da nossa Câmara, sim mas por volta de 1915 acho que o presidente ainda não era o dos sintéticos.

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  4. Há muita cultura, em Braga e fora dela, para celebrar um aniversário.
    Eu, por mim, só invejo (sem maldade) quem ainda não abandonou a cultura de celebrar os seus aniversários pessoais...
    Os meus parabéns antecipados pelos seus 24 anos.

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  5. Há cultura mas certamente que não é para mim. No Porto sim há cultura, tal como no fim de semana anterior aconteceu na casa da música. Para si acredito que haja muita cultura. Essa de haver muita cultura a mim não me entra.

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