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A Bênção de Estado [2]

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José Sócrates dirigiu hoje uma mensagem aos portugueses católicos a falar sobre as perspectivas para o ano de 2009. Quando é que fala aos outros portugueses?

15 comentários:

  1. Pedro, não sei onde leste (na notícia que linkas) que a mensagem do Sócrates era só para os portugueses católicos.

    A não ser que, por ser dia de Natal, os não católicos não vejam televisão nem ouçam rádio, não percebo qual é o problema.

    Como sabes, o Presidente da República dirige a sua mensagem na véspera de ano novo, por isso parece-me natural que o Primeiro Ministro escolha o dia da segunda festa mais festejada (perdoa-me a redundância) em Portugal.

    A não ser que os não católicos de Portugal não festejem o Natal, o que me pareceria bastante estranho, tal o corridinho dos últimos dias.


    Boas festas, Pedro!

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  2. João, não me parece normal que o Primeiro Ministro se dirija aos portugueses por ocasião de uma festa religiosa.

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  3. Pedro, o Natal não é - e não me lembro do tempo em que era - uma festa apenas religiosa. É uma festa.

    E não só é uma festa, como é a segunda festa mais importante do nosso calendário. E digo importante pensando no número de pessoas que a celebram, segundo a tradição cristã ou não.

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  4. Sim. Tanto quanto sei, a 25Dez, antes de haver Natal já era festejado o solstício de inverno (festividades pagãs). A igreja cristã (Julio I) escolheu este dia para celebrar o nascimento de cristo com a finalidade de as absorver e converter. Ou seja, os festejos, a bebida, a distribuição de presentes, o acender das fogueiras, o convivio e as reuniões já existiam..
    Por isso, não acho que se possa considerar estes festejos apenas uma "festa religiosa". :)

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  5. que ridiculo, sinceramente ja e mania da perseguicao.

    e que, ja agora, nao sao so os catolicos que festejam o natal; ouvi dizer que os protestantes tambem.

    ja começa a raiar a paranoia esta perseguicao a tudo o que seja sinal de religiosidade. faz-me lembrar a 1ª republica que, pela sua fragilidade em compreender que nao e expurgando a religiao das pessoas que se cria um estado laico, tao facilmente caiu.

    tenho imensos amigos ateus, e todos eles festejam o natal. ate eles (como os meus pais) festejam neste dia a familia.

    ou vai-me dizer que o sr. pedro tambem nao festeja o natal? nem compra uma prendinha? nem se senta a mesa com toda a gente a comer e a beber? hum... muita moral na teoria...e como as missas das bencaos das pastas, nao e?

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  6. Devia ser antes: Mensagem de Solstício, seguida da interpretação de Simone de Oliveira do tema "Sol de Inverno".

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  7. Mariana,

    Não sei o que a missa da benção das pastas porque nunca estive em nenhuma... Devia ter estado?

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  8. Marta e Mariana,

    O Estado devia abster-se de qualquer manifestação de intenções religiosa. O Natal é objectivamente uma festa religiosa e, como tal, o Estado devia estar à sua margem, as câmaras não deviam investir em ornamentos religiosos e as juntas de freguesia deviam evitar gastar o meu dinheiro em postais de natal e anúncios em jornais.

    Do mesmo modo, o primeiro ministro devia evitar fazer "mensagens de natal" ao país. Seria mais abrangente se falasse noutra época e, já agora, se não nos fizesse a todos estúpidos com essa treta de que baixou a taxa de juros....

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  9. Abominação das abominações! Vejam que até no Natal esse indivíduo que é da religião socialista vem à televisão arengar as suas ladainhas! O Natal é só para os Cristãos; não devia ser para aproveitamentos de quem é da religião socialista!

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  10. Luisa Gomes,

    visão redutora a sua. Posso indicar-lhe um conjunto de livros e autores que lhe podem explicar porquê que o Natal não se reduz à religião nem ao cristianismo.

    Não percebi essa da "abragencia". Vê-se menos televisão e leem-se menos jornais pelo Natal?

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  11. Caro Pedro,

    é com pena quando vejo que este blog não passa, por vezes, de mais um pequeno motor de raiva dirigido aos católicos.

    Se por cá passo para ler algumas coisas interessanets - admito-o sem qualquer problema - também não deixo de ficar triste e desiludido contigo.

    Esta tua caça às bruxas sem método e rigor é das coisas que mais me vai enervando pela blogoesfera. A forma ridícula com que tratas certos assuntos relativos a esta religião - ESTA, sim, porque relativamente às outras, e bem, aínda vais tendo algum respeito - é de um ressentimento qualquer que se encontra dentro de ti e, portanto, inexplicável. Absurdo. Espalhafatoso e, novamente, absurdo.

    O que te dói assim tanto?

    Antes de tudo, tens de saber separar duas coisas: a Igreja como estrutura organizada, com todas as suas virtudes e defeitos - pondo eu as minhas belas e bem necessárias mãozinhas no fogo como as primeiras superam em muito larga escala os segundos; (e) a Igreja como Comunidade de pessoas, livres de consciência, que a vão vivendo de forma mais ou menos forte.

    Se quanto à primeira te é admissível criticá-la (se bem que não percebo o porquê - pelos vistos dela não precisas), já quanto à segunda, como é o caso deste post, também não te vou dizer que o não é: simplesmente, o respeito e a Razão são coisas que te exijo. A ti e a qualquer outro.

    E olha que não tens aqui nenhum acólito. Tens apenas mais uma pessoa que a cabecinha usa e que, acima de tudo, respeita a diferença.

    Por último, uma nota mais pessoal: é com muita pena que vejo que cada vez mais os blogs se tornam num meio de "trica". É que, atrás de um belo de um PC, é fácil atirar bojardos ao ar.

    Já no mundo físico - no Real, não tenhamos medo de o dizer - é pena que a crítica e, acima de tudo, a ACÇÃO não vá correspondendo.

    Com o maior respeito por alguém que bem escreve,

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  12. O Natal é, provavelmente, o feriado e data mais festejado pelos portugueses. Não sou católica e a mim não me diz nada, mas parece-me perfeitamente normal que um primeiro ministro se dirija aos seus eleitores num dia que para a maioria deles é importantíssimo. A mensagem não é aos católicos, é a todos, num dia que é importante para a maioria.
    Neste caso, também acho que é um bocado mania da perseguição...
    Quanto À benção das pastas, ou das fitas ou lá do que é, que eu saiba não é preciso estar presente para saber o que é! Eu também não fui, porque sou ateia, mas sei o que é!
    Não exageremos! Não sejamos parvos e, principalmente, não façamos de conta que as celebrações religiosas não são importantes. Não interessa se participamos ou acreditamos, interessa que a maioria das pessoas acredita e acha importante. Que eu saiba, independentemente do Estado ser ou não laico, todos os cidadãos portugueses têm o direito de pertencer à confissão religiosa que quiserem, ou não pertencer a nenhuma.
    Seria condenável sim, se no seu discurso se dirigi-se aos católicos ou falasse da componente religiosa do Natal, no sentido em que, sendo o nosso estado laico, não cabe a um politico fazer a apologia da religião, mas não foi isso que ele fez.

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  13. Caro João Barros Rodrigues,

    É interessante que estas duas linhas motivem tantos comentários. Há uma diferença entre o que eu escrevi e o que tu e outros que aqui comentário interpretaram.

    Eu sou um defensor da liberdade religiosa. Entendo é que o Estado deve ser neutro nestas matérias e deixa-las para a consciência de cada cidadão. Sei que a defesa da laicidade do Estado incomoda muita gente, mas quanto a isso não posso fazer nada...

    Cumprimentos,
    PM

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  14. Como o Natal é a festa em que se celebra o consumismo por acaso pareceu-me muito relevante que surgisse o PM para falar de economia e desemprego.

    Feliz Natal- TMN dixit.

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  15. Não falo destas duas linhas - e tu percebeste-o bem.

    Falo de 20 a 30% do conteúdo (dito útil, com opiniões tuas) do teu blog.

    Basta saber ler.

    E quanto à laicidade do Estado: camarada, somos dois.

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