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Apontamento histórico sobre carris

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O livro Braga e os Caminhos-de-Ferro [1], de Joaquim da Silva Gomes, conta-nos a história do Ramal de Braga e dos projectos gorados de construir ligações ferroviárias desde a Capital do Minho até Monção, Chaves e Guimarães. Nesses tempos, tal como agora, foi a sociedade bracarense que se mobilizou, dirigindo, em 14 de Maio de 1866, um abaixo-assinado ao Rei D. Luís:

«Os habitantes da cidade e concelho de Braga, abaixo assignados, reunidos em meeting na tarde do dia 14 do corrente mez de maio, com previa licença da auctoridade, resolveram manifestar-se a Vossa Majestade qual a opinião d'este povo e seus votos ácerca da directriz do caminho de ferro, que se projecta construir entre as cidades do Porto e Braga.»

Quase cento e cinquenta anos volvidos, Mesquita Machado é peremptório ao afirmar, no prefácio do mesmo livro [1], que «a ligação de Braga à emergente estrutura ferroviária revelou-se fundamental para o desenvolvimento da cidade e da região e para a sua afirmação no contexto económico nacional».

Tal como em 1866, é a Hora!

[1] Gomes, JS (2002) Braga e os Caminhos-de-Ferro, Edição do Autor.

5 comentários:

  1. Tal como no passado, agora é importante a criação de uma mobilidade (transportes ferroviários) na região do Minho. A visão de fazer ligações, a partir de Braga, para Chaves, Monção, Guimarães e Barcelos (Famalicão já tem ligação), iria potenciar uma região, possibilitando um crescimento em todos os níveis tornando-se muito mais competitiva.
    Penso que a par do metro para a região de Braga, penso que a luta deveria se mais abrangente e englobar novas linhas Ferroviárias Urbanas/ Suburbanas para que a região pulse toda de uma forma ritmada num crescimento homogéneo.



    Penso que o bracarense de 1866 tiveram visão, mas foram goradas as expectativas… Está na hora dos bracarense de 2007 juntarem todo o Minho numa só voz e lutar que este projecto seja uma realidade!!!

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  2. Um projecto que nunca foi executado. O próprio rei D. Luís mandou construir a antiga estação de Braga do tipo adjacente, e não do tipo terminal. O projecto sempre foi prolongar um ramal para Montalegre e Chaves, outro para Vila Verde e Alto Minho e ainda um proveniente de Guimarães. Diziam que a estação principal iria ser edificada nos terrenos da antiga feira (zona da actual rua José Afonso e Avenida António Macedo). Os canais estiveram reservados mais de cem anos, até que um dia, já na terceira republica, um chico esperto decidiu construir uma via rápida, apelidada de Avenida António Macedo, no canal reservado para a linha de Montalegre, linha essa que tinha o objectivo de servir também a cidade. Nos anos setenta falou-se em prolongar a linha até Gualtar para potenciar o Campus universitário que ai seria construido. Mas mais uma vez o sonho tornou-se lenda, a lenda tornou-se mito...
    Braga não pode esperar mais, está na hora.

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  3. Caro César,

    O projecto a que se referiaa petição de 1866 era a ligação directa entre Braga e o Porto e foi um projecto concretizado.

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  4. Caro Pedro,
    Eu referi-me às pretensões dos bracarenses da época, pretensões essas apoiadas pelo rei. Desconhecia, até ler aqui no teu blog, a existência do abaixo assinado pelo comboio em 1866.

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  5. Eu tenho uma foto dessas k diz: destino Porto s bento; proxima paragem, Braga...devia ser o urbano que vinha de montalegre =)

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