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Da Descredibilização da Política

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Em 22 de Março de 2006, Mesquita Machado anunciou que Braga seria Capital Europeia da Cultura em 2012. Era mentira: a escolha do Governo recaiu sobre Guimarães.

Em Outubro de 2006, a autarquia bracarense, congratulando-se com a escolha de Guimarães, anunciou sumptuosamente que «não sendo capital europeia da cultura por um ano, Braga garante, contudo, o sustentado desiderato de ser capital da cultura todos os dias». Era mentira: Braga e a cultura continuam a andar de costas voltadas.

É destas afirmações demagógicas e populistas, a par dos passeios organizados pela Junta de Freguesia e dos concertos de música popular, que se tece a realidade autárquica bracarense. É esta venda compulsiva do sonho irrealizável que afasta a sociedade da política dos partidos, entregando-se, protestantemente, à abstenção, aos extremos e aos independentes. São estas atoardas que nos relembram, em cada dia, que o maior foco de descredibilização da política são, precisamente, os políticos.

16 comentários:

  1. Isto da Capital da Cultura só acentua o tradicional duplo complexo bracarense: face ao Porto e face a Guimarães.

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  2. O comunicado da autarquia acentua, sem qualquer margem para dúvidas, esse complexo face a Guimarães.

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  3. Populismo, populismo e populismo.

    Assistimos incrédulos aos populismo dos autarcas deste país!

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  4. O tempo de Mesquita Machado já acabou, é urgente renovar. Não é preciso um Messias ou um Sebastião, que promete que vai fazer tudo e obras faraónicas.
    Prefiro viver numa cidade abstractamente farta e especificamente modesta do que uma cidade abstractamente modesta e especificamente farta.

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  5. Não tarda nada, cheira-me, que o anuncio de um novo parque de diversões se vai juntar a essa lista.
    Alguém sabe informações acerca desse dito novo parque?

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  6. Dêem-lhe mais 30 anos, pode ser que resulte...

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  7. Cultura em Braga??? Só se for cultura de couves e batatas...

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  8. Pedro, a juntar ao que escreveste parece que o Theatro Circo vai de férias...

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  9. Bem, sejamos objectivos. Era mais que razoável que Braga fosse a capital da cultura. Neste campo está muito á frente de Guimarães.
    Quanto á Câmara Municipal de Braga e á sua acção nesta área, reconhecendo que se pode fazer muito mais, já o fez no passado, como sou um pouco liberal não sou adepto de monopólios, em especial em torno das questões da cultura.
    Sejamos francos. Quem pode dizer que Braga não fervilha de cultura. O que é este Blog e as pessoas que nele escrevem? Por onde andam, o que constroem e o que vivenciam dentro da cidade?

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  10. Caro Jorge Faria,

    Sejamos claros: acha que Braga é uma capital da cultura todos os dias?

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  11. Braga à frente de Guimarães? Infelizmente para nós, Braga só aparece à frente de Guimarães no alfabeto e no futebol (ainda...)!

    De resto, tem sido umas banhadas umas atrás das outras...

    E até são os dois Autarcas socialistas pelo que nem se pode misturar política com essa apreciação.

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  12. Ahauhau Jorge Faria não conheces a realidade cultural das duas cidades a que te referes. Sou bracarense e te garanto que Guimarães, em termos culturais, está muito mas muito à frente de Braga. Em termos de política urbanística então Guimarães está a anos de luz de Braga.

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  13. Caro Pedro,

    acha que Guimarães é? estamos a comparar cidades, a sua história e as suas gentes.

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  14. Creio que devem conhecer Guimarães exclusivamente pelos jornais. o que não acontece comigo. Vá lá. Sejamos objectivos. Façam um "reset" ao preconceito que parece existir em quem faz opinião publicada em Braga e vamos elencar caso a caso, cada domínio, artes performativas, escrita, música, artes plásticas, ... mas também o acesso às mesmas. O nível de democratização da cultura. O popular, o civil, o militar, o religioso e o profano.

    No final, acharão que Guimarães está à frente de Braga? Uma cidade que nem sequer um jornal diário tem? Podemos continuar o debate se alguém abrir o tópico.

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  15. Caro Jorge Faria,

    Eu nunca o afirmei. O que disse e mantenho é que Braga e a cultura continuam a andar de costas voltadas.

    Aliás, sempre defendi que a escolha do Governo para a Capital Europeia foi insuficientemente justificada.

    Mas as declarações de certeza antecipada de Mesquita Machado e o comunicado da Câmara são uma anedota que descredibiliza a política. É isso que está afirmado neste post. Nada mais.

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  16. Caro anónimo, não confunda política urbanística com Cultura escrita com letra maiúscula.

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