Alberto João Jardim fala com Mário Crespo, interrompe-o, divaga em caroladas ao senhor Sócrates e ao piésse-diê, irrita - como irrita Mário Crespo na sua sofrível e esforçada aura CBS. A entrevista ondulou como um carrossel entre o reallity-show, Na Casa do Alberto João, e umas boas verdades- cliché(que até lhe fica mal dizer): a Constituição obtusa, com obrigações adiadas ( vá lá que gabou a parte dos direitos, liberdades e garantias), a escumalha politico-partidária que faz carreira, os interesses, os grupinhos (para não dizer grupões) anexados ao Estado Central que tão depressa sorve a riqueza em impostos, como muito devagar compensa os de quem sorve.
O presidente do governo regional da Madeira é inteligente, nota-se, (os madeirenses também não são estúpidos) talvez demasiado honesto quando fala, mesmo contra si, sem dever nada ao vernáculo. A ilha, é como se sabe, uma social-democracia instalada e emaranhada na sociedade civil, como deve ser uma social-democracia, keynesiana. Tal como no resto do país, mas com a vantagem da poncha e túneis para Curral de Freiras. O restante carnaval é - bem vistas as coisas - o mesmo da mentalidade portuguesa, apenas estendida ao Atlântico. Vê-se do Minho ao Algarve. Mas se o sistema político português está em falência, como repetiu, é porque está refém do carisma dos seus políticos, beneficiando os melhores vendedores de banha da cobra. Alberto João Jardim vende como ninguém.
Um grande cómico, este Alberto João...
ResponderEliminarTinha que ser inventado!
Para ele ser keynesiano basta ser despesista, à custa do orçamento central ou de uma lei de finanças regionais que lhe afectem uma percentagem elevada de verbas elevadas cobradas localmente...
E falou ele na regionalização, como se cada uma das Regiões pudesse "comer" ao nivel da Madeira, tipo multiplicação dos pães...Então é o defice subia...
E os interesses que vivem colados ao estado regional? Não mencionou? Que choque...
ResponderEliminarUma entrevista, dois Jardins:
ResponderEliminaro homem de aço no seu reino de Narnia insular e o pobre acossado do establishment no continente.
As bananas provocam esquizofrenia?