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O Mundo ao Contrário

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Confesso que a ideia de disponibilizar seringas nas prisões desafia a minha inteligência. Não era função do Estado garantir que as prisões sejam locais livres de drogas e seringas? Não serão as seringas uma arma a ser utilizada contra os guardas prisionais?

5 comentários:

  1. De facto nao se percebe...

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  2. Os heroinómanos são doentes que necessitam de ajuda ( transmissão de HIV, hepatites)

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  3. Caro José Manuel,

    Duvido que a ajuda passe por dar-lhe seringas...

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  4. Na minha humilde opinião, a disponibilização de seringas nas prisões, assim como a criação de salas de injecção assistida, são ideias que me deixam indignada e para as quais não consigo encontrar uma explicação plausível.
    Eu que trabalhei meio ano numa instituição de reabilitação de toxicodependentes, estive em contacto directo e permanente com toxicodependentes e os seus terapeutas, que muita bibliografia li sobre o tema da toxicodependência e tudo o que a envolve, fez-me ter um conhecimento, poderei dizer bastante vasto, acerca do mundo dos toxicodependentes. Por tal, devo dizer que a distribuição de seringas em prisões e a criação das vulgarmente designadas "salas de chuto" não são em nada a melhor forma de combater os niveis de consumo nem mesmo de combater a contracção de doenças infecto-contagiosas.

    Pedro, esta tua interrogação fez-me rir: "Não serão as seringas uma arma a ser utilizada contra os guardas prisionais?" Sabias que muitas vezes são estes mesmos guardas prisionais a fornecer aos reclusos seringas e drogas?!
    Já tive oportunidade de contrastar acerca disto e outras coisas com ex-reclusos, e muito me contaram eles!!!

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  5. Caro Pedro,

    A ajuda passa, é certo que não somente, pela disponibilização de seringas. O sistema não pode nem deve ser autista ao ponto de, ao abrigo de lógicas dever-ser, se subtrair ao combate daquilo que de facto é. E a verdade intorneável é que a partilha e troca de seringas entre detidos é "pão nosso de cada dia" nas prisões portuguesas. Quem entra toxicodependente, mantém-se toxicodependente aumentando fortemente a possibilidade de contrair doenças mortais. É certo que a droga entra nos estabelecimentos prisionais e não deveria entrar. Mas a ineficácia do Estado no fazer cumprir as suas permissas legais não pode justificar a manutenção, a troco de um qualquer moralismo, da situação presente objectivamente irresponsável.

    Foi uma boa medida deste ministro da Saúde.

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