Avenida Central

Hammarby e AXA

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O Hammarby da Suécia, adversário do Sporting de Braga na Taça UEFA, habituado a jogar na Liga AXA (2005-06), vai encontrar o Estádio AXA, com a subtil diferença de que a nossa AXA é uma seguradora e a deles é uma marca de pão de forma. Coincidências...

Cancro e Ambiente

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O diário espanhol El País divulga alguns dados do Atlas Oncológico que foi apresentado em Espanha, fazendo o retrato daquele país em termos de incidência e mortalidade dos principais tipos de cancro. Tal como seria de esperar, é possível estabelecer múltiplas relações entre factores ambientais e o desenvolvimento de neoplasias.

Do estudo, ressaltam duas conclusões com particular interesse para a nossa região. Em primeiro lugar, o reforço da associação entre o cancro do estômago e a dieta da Região de Castela e Leão poderá ser reproductível para o Minho, uma região em que se verificam altas incidências deste tipo de cancro. Em segundo lugar, verifica-se que na Galiza, tal como no Minho, se encontram as maiores incidências de cancro da tiróide [na imagem: incidência do cancro da tiróide, por concelho, entre 1989 e 1998]. A continuidade geográfica sugere tratar-se de um fenómeno comum às duas regiões separadas politicamente e relacionado com a incidência elevada de bócio, uma patologia benigna da tiróide.

Este Atlas Oncológico surge alguns dias depois de ter sido anunciado que o grupo de trabalho nomeado pelo Governo para avaliar os impactos da exposição a radiações electromagnéticas conlcuiu que existem riscos para a saúde e que esses riscos dependem do grau e do tempo de exposição. Os resultados não surpreendem, uma vez que as radiações electromagnéticas surgem classicamente associadas com o desenvolvimento de alguns tipos de neoplasias [vide Harrison's Principles of Internal Medicine, 16th ed]. Assim, mesmo sem consenso científico sobre a magnitude desta relação de causalidade, parece-me sensato o desenvolvimento de estratégias de planeamento das redes de alta tensão e de telefones móveis, por forma a evitar a exposição das populações a quantidades elevadas de radições.

A melhor forma de tratar o cancro continua a ser prevenção da sua ocorrência.

Festa do Avante ou Festa dos Criminosos?

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Os convites que o PCP voltou a endereçar ao braço político das FARC (narco-guerrilheiros terroristas da Colômbia), ao Partido Comunista Cubano, ao Partido Comunista da China e ao Partido Comunista da Coreia do Norte para a Festa do Avante demonstram o valor que aquele partido dá à defesa das "liberdades", da "democracia" e dos "direitos humanos". O que me enoja verdadeiramente é o despautério com que os herdeiros de Estaline se apropriaram dessas palavras para o seu discurso político.

A ler:
O PCP e os assassinos, no Kontratempos
Está explicado, n' O Insurgente
Haja vergonha, no Blog Atlântico

É a Hora! Porque devemos apoiar o Braga?

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Hoje, pelas 11 horas, ficamos a conhecer o primeiro adversário do Sporting de Braga na edição de 2007/2008 da Taça UEFA. O nome de Braga percorrerá as páginas de inúmeros jornais por todo o mundo e, num país qualquer, aumentarão abruptamente as pesquisas acerca da cidade e do clube homónimos. Dependendo da distância e da grandeza do clube que nos sair em sorte, dezenas, centenas ou milhares de estrangeiros tratarão de procurar o melhor modo para se deslocarem até à nossa cidade. Com eles trarão muito dinheiro para ser gasto nas lojas, nos cafés, nos restaurantes e nos hóteis da nossa cidade e, também, em taxas e impostos que revertem para as contas do país e do município. O capital que entra na cidade e no país poderá depois ser investido na melhoria das condições dos mesmos e, sobretudo, no aumento da qualidade e da competitividade da cidade. E uma cidade mais atractiva é uma cidade com mais valor. Goste-se ou não, está provado que as cidades e os seus habitantes lucram com o futebol profissional [JN]. Adicionalmente, o futebol é reponsável pela entrada de quantias avultadas de capital no nosso país, premiando a aposta dos clubes na formação e a valorização dos seus activos desportivos. Não é por acaso que a indústria do futebol é já comparada aos têxteis, um sector económico de referência a nível nacional [Agência Financeira].

Tudo isto reforça a ideia de que, mesmo desprezando todos os outros motivos, apoiar o Sporting de Braga é uma questão de amor à cidade e de inteligência na valorização das nossas propriedades e do nosso património. Goste-se ou não, o Sporting de Braga é a instituição que leva a marca da cidade mais longe, proporcionando-lhe a entrada de quantias avultadas de dinheiro.

É urgente despertar a consciência de todos os bracarenses, sejam sócios do Braga ou não, rogando-lhes que se unam em torno do clube naquela que é a caminhada de afirmação europeia. Nesta guerra, não há espaço para outras lutas: vamos pintar a cidade de vermelho e vamos encher o Estádio de gente e de cor. Só há uma cidade, só há um nome, só há uma equipa e só há um sonho: temos todos que ser Braga, temos todos que sofrer por Braga, temos todos que torcer pelo Sporting de BRAGA.

Ecumenismo

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"The Fourth Secret of Fatima", de Luke Sullivan.
Foto: Mick Tsikas/Reuters

Pénis há muitos, seu palerma! (IV)

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O assunto não merece tantos escritos (I, II e III) quantos os que lhe vou dedicando, mas a perspectiva de Francisco Teixeira, partilhada nas páginas do Jornal de Notícias, não pode deixar de ser relevada no Avenida Central. É o melhor texto que li sobre a matéria, sintetizando o essencial da questão (destaques da minha autoria). Embora mereça ser lido na íntegra, fica aqui um excerto:

Vale a pena assinalar que a estátua de D. João Peculiar já tem quatro anos naquela localização. No entanto, só volvido todo esse tempo é que ela se transforma em notícia, mostrando com elevada eloquência que as notícias dependem muito mais da selecção realizada pelos jornalistas que da valia intrínseca da referência noticiosa (cuja existência, aliás, se torna, então, altamente duvidosa). O que isto que dizer é que as notícias, a informação, correspondem não tanto a uma factualidade (a algo independente do observador) mas antes a uma selecção da realidade, o que nos conduz à conclusão de que as notícias, i.e., os factos noticiosos, correspondem muito mais a construções, a escolhas selectivas, que a descrições brutas de uma qualquer referência pura. (...)

Aquilo que não existia informativamente e noticiosamente, embora existisse como referência física, passa a marcar a estação e a aparecer como uma autêntica realidade noticiosa, envolvendo os mais altos dignatários da cidade dos arcebispos, a Roma portuguesa, numa espiral de ridículo que bem mereceria ser analisada, ou transformada, em metáfora da verdade profunda da cidade. Mas, mais uma vez, não é isso que pretendo fazer aqui.

Veja-se, sucintamente, como a coisa surgiu. Um presidente de junta sente-se ofendido pelos risos irónicos dos turistas em face da ponta fálica do báculo de D. João e comunica-o ao Presidente da Câmara e à Arquidiocese. Essa preocupação passa para a imprensa. A partir daí o comboio não pára mais e perde toda a possibilidade de controle. O jornalista sorri e descobre que a estátua não tem autor nem propriedade, o que é particularmente afim daquilo que é proibido. O vigário-geral da arquidiocese emite juízos de gosto sobre a estátua e sobre o báculo, o povo concorda entre sorrisos, Mesquita Machado desvaloriza (aparentemente compreendendo o risível da situação mas, ainda assim e ainda que a contragosto, colocando-se no centro da operação). Entretanto, anuncia-se para a reentrada político-religiosa uma reunião das cúpulas da cidade para analisar o bom ou mau gosto do báculo de D. João Peculiar. Em Setembro, já depois de amanhã, veremos. Mas quer a reunião de crise se faça ou não, a coisa já corre pelos seus próprios pés, como se a notícia tivesse vida própria, como se as palavras, as contradições, os adjectivos e os substantivos já não tivessem autores mas fossem, elas mesmas, os autores das notícias. Quer a reunião se faça ou não, sempre haverá notícia da sua realização ou da sua ausência; insistir-se-á em saber quem é o autor da estátua e o seu proprietário; exigir-se-á a opinião do própria arcebispo, entretanto de férias. No limite, tentando-se vogar por sobre a autonomia da notícia, analisar-se-á a sua ontologia, esse seu modo de ser que, aparentemente, se ri de nós, como se fossemos nós a invenção e a construção do risível que se ri de nós.

[imagens escritas]

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Este verão vi o pôr da lua e descobri que é tão belo quanto o pôr do sol.

Barragem do Sabor ou Crónica de um País que é Nevoeiro

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Gostou desta paisagem? Imaginava que o seu país fosse tão belo? Pois disfrute deste Portugal enquanto pode. O que vê na fotografia vai ser submerso pela construção de uma barragem capaz de destruir a paisagem e o ecossistema do último rio selvagem do país.

Sou particularmente crítico do ambientalismo selvagem que prolifera em Portugal, mas confesso que esperava que a sociedade portuguesa se mobilizasse em defesa do Sabor. No entanto, este rio e todo o seu ecossistema tiveram pior sorte que o Côa. O tema surge numa época pouco propícia a oportunismos políticos eleitorais e, como tal, aquela gente que se mobilizou para travar a construção de uma barragem por causa de umas gravuras que poderiam ter sido transferidas para outro local, não está para grandes causas quando o que está em causa é a defesa do nosso património natural.

Curiosamente, o que mais me entristece é a reacção das gentes daquelas terras. Gentes com quem compartilho muitos genes aos quais me apetece renunciar perante tanto oportunismo, tacanhez e boçalidade. Só olham ao lucro imediato e aos trocos que podem vir a ganhar com a expropriação de terrenos sobejamente desvalorizados e com o aumento da circulação de pessoas e bens nos escassos meses de construção da barragem. E depois? Depois, mais abandono será acrescentado ao abandono e a barragem não será poiso para mais que duas dúzias de trabalhadores. Mentes pequenas.

«Ó Portugal, [ainda] hoje és nevoeiro…»

Teatro Romano em Braga: Uma Descoberta Extraordinária

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A Câmara Municipal de Braga e Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho anunciaram hoje a existência de um anfiteatro romano com 80 metros de diâmetro, anexo às Termas Romanas da Cividade. Manuela Martins, Professora Catedrática da Universidade do Minho afirma tratar-se de uma descoberta «extraordinária, pois representava o segundo teatro romano arqueologicamente identificado em território português, sendo o primeiro conhecido em todo o noroeste da Península Ibérica.» O facto do Teatro Romano se encontrar numa área protegida vai facilitar o estudo e a exposição do mesmo, estando a escavação integral apenas dependente do interesse e apoio das instiuições públicas.

Esta notícia só pode encher de orgulho todos os bracarenses. Descoberto mais um pedaço do que ainda resta da Braga Romana, é urgente investir no restauro e dinamização do património, por forma a tornar Braga na capital do turismo do Noroeste Peninsular. O caminho a percorrer é muito longo, mas, havendo vontade(s), será certamente bem sucedido.

Ranking de Blogs Portugueses

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O blog Ovious organizou um ranking de blogs portugueses com base em dois critérios distintos: a classificação Technorati e o número de visitas (contabilizado pelo Sitemeter). Assim, o Avenida Central ocupa a honrosa 28ª posição nacional em termos de ranking Techorati.

TOP 100 Portugal (Technorati)
TOP 100 Brasil / Portugal (Technorati)
TOP 100 Brasil (Technorati)
TOP 100 visitas diárias (Sitemeter)

Pénis há muitos, seu palerma! (III)

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Afinal a história da estátua ainda é mais peculiar que a própria escultura: o dito cujo que pende do báculo foi pago por um grupo de benfeitores, a pedido do ex-Deão da Sé, mais conhecido por Cónego Melo. Quem revela este facto é o próprio Mesquita Machado, pondo em evidência que toda esta história não passa de uma guerrilha entre os membros do anterior e do actual cabido, a que o autarca social democrata da Cividade e o próprio Presidente da Câmara de Braga estão a dar cobertura.

A gestão dos espaços públicos e a escolha dos seus elementos decorativos, bem como as questões de toponímia (a que voltarei futuramente) devem ser tratadas com menos leviandade pelas autarquias, por forma a que se evitem situações e confusões como esta. Este titubear de intenções tanto da Câmara de Braga como da Junta de Freguesia da Cividade contribuiu para descredibilizar a política e expõe uma conivência pouco saudável entre os defensores da causa pública e as causas defendidas pelo clero.

Lazer em Braga: é tudo uma questão de divertimento?

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Ainda que amputada da Bracalância, a sua verdadeira imagem de marca ao longo dos últimos anos, Mesquita Machado está apostado em transformar Braga numa cidade divertida. Para tal, depois de anunciar a expulsão do famoso parque de diversões, apressou-se a promover a construção de um parque de divertimentos ainda maior. Entretanto, mudou de opinião, e em vez de um anuncia que, afinal, serão dois. A este propósito, assinala o JN que quanto ao(s) novo(s) parque(s), tudo pode voltar à estaca zero em termos de localização, caso avance a nova proposta. Teremos parque antes de 2012?

A aversão que Mesquita Machado tem ao verde natural levou-o a propôr mais uma zona de lazer e diversão para o monte do Picoto. O espaço nobre, sobranceiro à Avenida da Liberdade, vai receber espaços para a prática de desportos radicais, pista de patinagem, pista de cross, minigolfe, percursos BTT e pista de ski. Talvez fosse melhor transformá-lo numa aprazível mostra botânica, mas com a intervenção proposta ficará, concerteza, melhor do que está.

No entretanto, o Parque da Ponte, esse parente pobre das intervenções autárquicas, continua a definhar convertendo-se num degradante e degradado espaço de marginalidade. O parque não tem gente porque não é devidamente cuidado nem dinamizado e, por outro lado, não se dinamiza nem se cuida do local porque não há gente por aquelas bandas. É urgente romper-se este ciclo vicioso e retirar o parque do abandono, devolvendo-o à cidade.

Braga, amputada de um plano urbanístico coerente [ver dois exemplos aqui e aqui], precisa de espaços para respirar, para correr, para andar de bicicleta, para passear e para descontrair. Se é verdade que, como sempre defendi, um parque de diversões de grande escala funcionará como um importante catalizador do turismo, a verdade é que uma estrutura deste tipo não vem suprir as necessidades quotidianas dos habitantes da cidade. Aguardam-se novos projectos e novas ideias.

Humor com humor se paga

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Resposta a este post de CAA, no Blasfémias.

Portugal à lupa

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Manuel Villaverde Cabral, sociólogo, numa excelente entrevista publicada no Diário Económico:

Quem são as novas elites?
São democráticas – ou seja, pouco elites. Reflectem uma universidade mal massificada, que se massificou sem diferenciação. É um problema de crescimento – que deveria fazer-se através da especialização e que tem a ver com todas as outras áreas. O nosso sistema político, assente nas clivagens de 1974 e reproduzindo as que vinham desde 1820, ficou atrás da própria mudança social e perdeu capacidade de liderança.

Além das elites políticas, o que sobra?
O traço histórico tem uma dimensão oligárquica muito forte. As mesmas famílias distribuem-se pelos partidos políticos, pelas elites profissionais… A família Portas, por exemplo: dois filhos em partidos opostos, que chegaram a concorrer à mesma eleição da câmara de Lisboa. Algumas vêm do antigamente: o meu falecido amigo Afonso de Barros, sobrinho de Marcello Caetano, foi casado com uma sobrinha de Adelino da Palma Carlos. Na sua família, o 25 de Abril traduziu-se por o primeiro-ministro deixar de ser o tio dele, para passar a ser o tio dela. É uma caricatura, mas mostra a dimensão e a falta de diferenciação das nossas elites. As do anterior regime estavam esgotadas, a renovação era muito limitada. O 25 de Abril obrigou a uma renovação radical, que começou pelos próprios militares e trouxe a esquerda ao poder. Incluo nessa renovação o PPD de Sá Carneiro. A Ala Liberal rompeu, mais ou menos, na altura em que aparece o PS e Sá Carneiro percebe o fim do regime. Levanta a questão das liberdades, quando pede autorização para visitar os presos políticos e esta lhe é negada.

Uma frustração que é também económica. Nos últimos anos, agravaram-se muito as desigualdades sociais...
Sem dúvida. Desde o princípio da década de 90. Maastricht, em 1992, é um marco. Depois, há sucessivos abandonos do poder. Respondemos muito bem ao primeiro desafio europeu, que nos chamou à auto-estima. A Universidade e a Ciência responderam bem, internacionalizaram-se. Pouco, mas pode ver-se a mudança. A banca modernizou-se muito, mas acumula lucros que não se percebem – não deviam ser reinvestidos? Demo-nos bem com uma Europa que ainda não estava completamente incorporada no movimento da globalização e estamos a dar-nos mal com a Europa global. Por que não há investimento em Portugal? Entre outras razões, porque foi para a Índia e para a China. E é impossível concorrermos com esses países.

SC Braga domina apostas on-line

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«No desporto-rei, os jogos com maior número de apostas na época passada foram o Sp. Braga-FC Porto, Benfica-Sp. Braga e o Sp. Braga-Naval.» O que têm em comum os 3 jogos com mais apostas?

Notícia Record [via Arsenal de Braga]

Boa Publicidade (II)

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Paulo Brandão em entrevista

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Paulo Brandão, programador do Theatro Circo, falou ao JN. A entrevista foi leve como a edição de Verão do jornal e passou ao lado de muitos temas que seria interessante ver debatidos.

Apesar de considerar que existem algumas debilidades na programação do Theatro Circo, sobretudo a nível da relação com a cidade (que está monopolizada pelo protocolo com a Companhia de Teatro de Braga), a verdade é que Paulo Brandão colocou Braga na rota dos grandes espectáculos culturais do país. Não é por acaso que é considerado um dos programadores mais cobiçados.

Nélson de Ouro

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Nélson Évora é o novo campeão mundial do triplo Salto.
[Foto Associated Press]

Pénis há muitos, seu palerma! (II)

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O suposto pénis que colocou a imaginação beata de Braga em polvorosa continua a dar que falar. Preparam-se os moralistas dessa Braga bafienta para arrumar a estátua, paga com o dinheiro dos contribuintes, numa qualquer arrecadação. Pois acrescente-se ridículo ao ridículo e faça-se um referendo para determinar o destino a dar à mesma.

Sobre o pénis: Caricaturas..., Báculo fálico suscita polémica, Braga: Estátua de antigo bispo levanta polémica na cidade, Estátua com símbolo fálico causa polémica, Outros Pénis Famosos.

Eduardo Prado Coelho

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No momento da sua morte, nada melhor que replicar aqui a sua última crónica públicada em vida. Um espelho límpido do humanismo, da sensatez, da assertividade e da inteligência que tão bem caracterizaram Eduardo Prado Coelho.

Comício de Verão
No seu habitual comício de Verão do PSD/Madeira, lá tivemos Alberto João Jardim a vociferar com a habitual virulência e desfaçatez. Conseguisse ele imaginar o que a esmagadora maioria dos portugueses do continente pensa destas vistosas performances e talvez não exibisse tamanha arrogância. Mas não consegue, e, por isso, fica ali, naquele estardalhaço ensolarado, a vacilar entre o ridículo e o patético.
Para o ilustre presidente do PSD da Madeira, o alvo, desta vez, foram as chamadas “causas fracturantes”, que é o nome algo abusivo que foi atribuído aos temas que se ocupam de aspectos importantes da vida quotidiana das pessoas. Que um banco recuse um empréstimo a duas mulheres que vivem juntas, considerando que a situação de lésbicas não lhes permite qualquer solicitação nesse sentido, é algo que afecta o dia a dia de cada uma. E esses são problemas que não podem ser ignorados. Sobretudo com aquele inevitável argumento de que há assuntos muito mais importantes, como o desemprego ou as leis do trabalho (esta é a lengalenga habitual do PCP, que não tem particular simpatia por “temas fracturantes”, embora, às vezes, lá alinhe).
Que disse, então, Alberto João Jardim? Numa alusão à lei sobre a despenalização do aborto, declarou, segundo os hábitos enraizados do conservadorismo nesta matéria, que, “quando se fazem leis contra a vida humana, é um precedente que não podemos consentir para depois fazerem outros direitos ou se ofenderem outros direitos das pessoas em nome do Estado absoluto”. Não vamos discutir. Mas Jardim parece não ter entendido que a lei sobre a despenalização do aborto em determinadas circunstâncias é uma lei que aumenta a liberdade das pessoas, porque não obriga ninguém a fazer abortos, mas permite que quem quiser os faça e quem não quiser não faça. Falar em “Estado absoluto” é um contra-senso.
E falou sobre homossexuais. Para dizer que “querer o casamento de homossexuais e tudo isso que o Governo socialista prepara, essas não são causas, são deboche, são degradação, é pôr termo aos valores que nós, portugueses, a nossa alma nacional, temos desde o berço e que os nossos pais nos ensinaram”. Cá temos o modelo perfeito do pensamento reaccionário: vai-se buscar um princípio suposto intocável, neste caso a “alma nacional” ( Jardim ignora que “a alma é um vício”, como genialmente escreveu Agustina), para interditar qualquer debate racional e ponderado sobre estas matérias, e não se aceitar a pluralidade de posições.
Do berço não me recordo bem, mas lembro-me que os meus pais, felizmente, nunca me ensinaram estas coisas, bem pelo contrário, embora sempre permitindo que eu viesse a pensar o que achasse mais certo. E nada me leva a suspeitar que não fossem portugueses, que não fizessem parte deste demagógico “nós, portugueses” a que Jardim recorre. Os pais da minha mãe moravam na Rua do Noronha, por detrás da Imprensa Nacional, e os do meu pai na Correia Telles a Campo de Ourique. Terão sido menos portugueses por não pensarem o que pensa Alberto João Jardim? Como dizia Pacheco Pereira, se Jardim berrasse menos e pensasse mais…

Belenenses 0 - 2 Braga

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Mas que bela ementa...

Pénis há muitos, seu palerma!

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O Presidente da Junta de Freguesia da Cividade decidiu protestar contra a colocação da estátua de D. João Peculiar no Largo de S. Paulo. De facto, não se compreende porque é que a dita representação não foi colocada no largo homónimo, como aliás fora previsto. Porém, pasme-se, reclama o edil da Cividade não pela incoerência toponímica mas por dantescos motivos freudianos.

A soltura mental anda ao rubro por estes dias na cidade de Braga. Descobriram os eleitos que o rebanho não gostava de ver o pénis flácido do senhor Arcebispo pendendo do sacro báculo em riste. Peculiar era o homem, peculiar é a estátua e peculiar será o destino a dar à mesma se os intentos de António Peixoto dos Santos forem atendidos pelos responsáveis por tamanha ofensa à ordem pública e aos bons costumes do tão católico burgo bracarense.

Unam-se os cividanenses. Façam procissões se preciso for. Chamem o D. Jorge Ortiga mais o Cónego Melo com as suas pinturas sagradas dos altares do Sameiro para cobrir de vergonha quem se lembrou de tão ostensivamente sexualizar o assexuado senhor medieval. Façam o que entenderem à estátua, mas, por favor, não insistam em demonstrar-nos, dia após dia, que Braga não é mais que... província.

Nordeste: Um Portugal Abandonado

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A necessidade de uns dias de pleno descanso levou-me até ao Nordeste Transmontano, as terras que guardam as minhas raízes e parte do meu coração. Esta é a crónica de uma viagem por terras únicas cravejadas de gente acolheadora, num Portugal que está abandonado. O abandono sente-se na mágoa das gentes e no silêncio dos espaços. Lugares que já foram torrentes de vida humana, são hoje sustento para ervas daninhas. Lugares onde a única sinfonia humana é a das paredes que se desmoronam por falta de manutenção.

O Nordeste precisa, urgentemente, de um plano de salvação. E a salvação só consegue por duas vias: por um lado, com o emparcelamento das pequenas propriedades, criando áreas de cultura de produtos de qualidade superior, seja vinho, seja azeite, seja castanha ou batata e, por outro lado, com a criação de áreas de turismo, capazes de atrair ainda mais turistas e competir com outros centros nacionais e internacionais. Fazer de todo o Nordeste um museu humano para ver, de onde em onde, os poucos que por lá vão subsistindo está a levar uma desertificação e a uma decadência atrozes, cujas consequências serão, a curto prazo, ainda mais dolorosas.

Não se percebe o abandono da 'cidade perfeita' erigida no Barrocal do Douro, em Picote, quando foi construída a barragem. Tanto as casas dos engenheiros como a pousada poderiam constituir-se como um importante pólo de turismo de qualidade para toda a região das Arribas do Douro. Este complexo está, felizmente, em vias de ser classificado pelo IPPAR.

Não se percebe o abandono da maioria das estações da antiga linha que ligava o Pocinho a Duas Igrejas, nem a incapacidade para construir uma ciclovia no seu trajecto. Como também não percebe o abandono de tantos e tantos edifícios das antigas escolas primárias dispersas pelas aldeias e lugares de todo o Nordeste. Com poucos recursos seria possível criar centros dedicados ao apoio à terceira idade em alguns destes locais e, noutros, núcleos de divulgação turística.

Não se percebe o abandono da Lama Grande, um dos pontos mais altos da Serra de Montesinho. Neste caso, a casa do Parque Natural, que já fora em tempos alugada para turismo de montanha, está tristemente vandalizada, tendo inclusivamente sido retirados 3 dos 4 painéis de energia solar que lhe serviam de sustento energético.

Apesar de tudo, Bragança e Miranda conseguiram fazer o seu passado histórico e monumental conviver lado a lado com o futuro. São cidades bem dimensionadas, bonitas e acolhedoras. Sendim, que chamou a si o epíteto de Capital das Arribas, consegue potenciar-se turisticamente por via das iniciativas culturais que promove: uma aposta igualmente ganha. Casos de sucesso, mas muito pouco para uma região que ocupa um vasto território e alberga muitas das histórias que compõe a História do país.

É tempo de recuperarmos o Portugal que continua abandonado e que, antes de descobrirmos Tailândias e Méxicos, saibamos (re)descobrir o nosso país.

Aguardam-se os efeitos práticos das insistências...

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Em 5 de Agosto coloquei uma dúvida ao Provedor do Telespectador da RTP a propósito da ausência de notícias sobre a pré-época do Sporting de Braga na estação de televisão pública. A resposta chegou hoje e é taxativa. Aguardam-se, portanto, os efeitos práticos das recomendações do Provedor. Ou será que não é mais que uma figura decorativa?

«Ex. Senhor
Pedro Morgado

Em nome do Provedor do Telespectador agradeço o email que enviou.
Já por diversas vezes o Provedor, quer nos seus programas quer nos relatórios, indagou os responsáveis da empresa pela Informação desportiva sobre esta matéria. Considera o Provedor a sua critica pertinente e , também, já o exprimiu publicamente.
Não deixará o Provedor, no âmbito das suas competências de insistir para que a cobertura não seja quase em exclusivo para os considerados TRÊS GRANDES.
Renovando os nossos agradecimentos pela sua colaboração.

Melhores cumprimentos
Chefe de Gabinete dos Provedores
Fernanda Mestrinho»

Pausa Estival

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O Avenida Central tem menos férias que o Theatro Circo.
Volto dia 24 de Agosto.

Na mouche

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"A Bola não é um jornal: é uma expiação amorosa." Ademar Santos, no Abnoxio.

"Pergunte-se ao Alberto [João Jardim] se não há debochados no seu gonvernozito."
No Jumento.

"A única coisa que me incomoda é que a homossexualidade incomode tanto a Direita grunha da nossa praça."
Igor, no Reino dos Fins.

"tu pedes um prego e sabes que é bife."
Pedro Vieira, no Irmão Lúcia.

O Mercado Paralelo dos Cuidados de Saúde

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Foi preciso esperar 615 anos para que D. Nuno Alvares Pereira, o homem que liderou os combatentes portugueses na Batalha de Aljubarrota, mudasse de actividade, passando a dedicar-se à... oftalmologia. Segundo o Vaticano, fonte credibilíssima em matéria de ciência, uma senhora de Ourém, terra habituada a acontecimentos esotéricos, ficou curada de queimaduras de óleo a ferver no olho esquerdo após rezar várias novenas ao Beato Nuno. Eu acho injusto que os créditos fiquem todos na mestria do Beato Nuno. É certo e sabido que se as novenas falhassem ainda restava o último recurso: uma consulta numa clínica de Medecina Natural.

O Ministro da Saúde deveria estar atento a este mercado paralelo de prestação de cuidados de saúde. É que, à semelhança dos santos milagreiros, também as mariazinhas, mediuns e cartomantes credenciadas proliferam por esse país fora, usando e abusando da ingenuidade ignorância alheias, sem o pagamento de qualquer imposto ou taxa. Até quando?

Chora, Braga!

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Braga é hoje um mosaico cultural de gente oriunda de todo Portugal, em especial do Minho profundo e de Trás-os-Montes, que ao longo dos últimos 30 anos por aqui se fixou para dar origem à nova geração de bracarenses. Em sentido inverso, na primeira metade dessas três décadas, assistiu-se à saída de parte significativa dos quadros mais competentes, condicionada em grande parte pela insipiente oferta da Universidade do Minho (uma instituição que estava em implementação e se encontrava amputada de alguns dos cursos socialmente mais relevantes como Economia, Direito, Arquitectura e Medicina). De todos estes fenómenos demográficos resulta que há poucos bracarenses de gema e a esmagadora maioria dos que restam desconhece a monumentalidade e a história da cidade, assistindo com insólita passividade à destruição do património natural, cultural e arquitectónico.

Mesmo sem terramoto nem grande guerra, Braga é uma cidade que, como poucas, teve o privilégio de poder ser construída praticamente de raíz. Perdeu-se, contudo, a possibilidade de se construir pensada e bonita, dimensionada e organizada. Perdeu-se, lamentavelmente, a extraordinária opotunidade de valorizar a herança dos povos que a habitaram até ao Séc XIX e também a riqueza cultural da bragalidade dos três primeiros quartos do Séc XX.

É inconcebível que uma cidade que já teve tanto relevo político e religioso não se consiga candidatar a Património da Humanidade e mais doloroso é constatar que apesar de termos abandonado e maltratado o nosso passado fomos incapazes de construir algo de verdadeiramente apaixonante e relevante para o futuro. Poderia ter sido um grande museu, um parque natural nas encostas a sul da cidade, a reconstrução de parte da cidade romana, a requalificação integral do Bom Jesus (preservando toda a encosta de novas construções), a transformação futurista do Monte do Picoto (criando um parque verde condigno à superfície e um museu com vista priveligiada para a cidade no seu interior) ou um Parque Temático nas Sete Fontes. Vou mais longe: bastaria termos construído uma cidade aprazível, com espaços verdes e sem os atropelos urbanísticos que diariamente nos encandeiam o horizonte.

Está visto que não será pelo Estádio nem pelo Theatro Circo que Braga se afirmará no panorama nacional e internacional. E até para a Bracalândia, o único projecto do pós-25 de Abril em que Braga marcava realmente a diferença e se afirmava local e regionalmente, podemos encomendar o requiem. Não há desculpa. A culpa da falta de rumo da cidade é, exclusivamente, dos bracarenses. É que, mesmo admitindo que alguns líderes possam, pela sua visão (ou falta dela) e carácter (ou falta dele), deixar uma marca indelével, a verdade é que cada terra é o produto da sua história e das suas gentes. E esta gente não pode gostar de Braga para permitir que a tratem assim.

Aqui bem perto, prepara-se a candidatura da Geira Romana a Património da Humanidade. Com inevitável surpresa e indisfarçável tristeza, destacamos a ausência da Câmara de Braga deste projecto (que é "A Geira na Serra do Gerês" mas podia e devia ser "A Geira em Portugal"), fazendo notar que a Via Nova Romana se iniciava na Bracara Augusta.

Já pouco resta da Braga romana. Se os deixarmos continuar a betonar a história, pouco há-de restar da Braga medieval ou da Braga barroca. E tudo serão parques de estacionamento...

Um post que é uma orgia

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1. O porta-voz da Ground Fource disse na RTP que os atrasos e incidentes motivados pela greve de hoje são normais. Seria interessante saber quantas portas de avião se partem por dia nos aeroportos portugueses.

2. Marques Mendes andou 2 anos a fazer oposição sem chama. Agora que o partido está em campanha interna, lembrou-se de percorrer o país como presidente do partido. Confesso-me atento à reacção de Mendes quando, nas vésperas das próximas eleições legislativas, José Sócrates percorrer Portugal como Primeiro-Ministro.

3. Um grupo de ambientalistas vandalizou uma cultura de milho trangénico em Silves. A atitude é criminosa e nenhuma complacência das autoridades pode ser tolerada. Conhecida a reacção de Miguel Portas, gostava de saber o que escreveria o líder bloquista se um grupo de activistas destruísse o acampamento de jovens do Bloco de Esquerda para evitar as consequências de algumas substâncias que, segundo consta, por lá se consomem...

4. Esta semana também nos trouxe mais duas constatações óbvias: a) já não há socialistas. b) só existe o que o povo conhece [também aqui].

Bom Sábado.

Ibéria (II): Ligações Improváveis

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Depois de Saramago, é a vez da ala radical da UPL (Unión del Pueblo Leonés), um partido da região espanhola de Leon vir reclamar a integração em Espanha de uma parte significativa do distrito de Bragança [via]. A ideia não tem senso nem futuro: está morta à nascença. Porém, fica o apontamento.

Olympic Games - The show must go on

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A China continua a desrespeitar os Direitos Humanos e o mundo continua a fechar os olhos e assobiar para o lado. Respondendo ao mote do Devaneios, apresentamos um cartoon do sueco Olle Johansson.

Promissor(es)...

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da braga e arrabaldes, de João Martinho.

Bracarae Avgvste, de César Gomes.

Um Desespero do Tamanho do Ridículo

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Pode ler-se no documento anónimo que anda por aí a circular a propósito das investigações do Apito Dourado que o Braga foi "escandalosamente beneficiado" na época de 2004/2005. Recupero aqui a capa do jornal A BOLA do dia que se seguiu ao jogo entre Braga e Vitória de Guimarães, como um dos exemplos das escandalosas arbitragens em prejuízo do Sporting de Braga. Esta lamentável e vergonhosa arbitragem de Pedro Proença (contra o Braga) aconteceu após a justíssima derrota infringida ao Futebol Clube do Porto, por 3-1, no Estádio do Dragão.

Há quem diga que não há coincidências...

O Mundo ao Contrário (II)

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Porque a droga é um enorme drama social e a toxicodependência uma cruel doença (apesar de muito estar por descobrir, já conhecemos muitos dos circuitos neuronais que se encontram transitoria-e irreversivelmente desregulados pelo consumo das substâncias de adicção) não admira que a maioria dos Estados condene o tráfico de drogas e continue a considerar ilícito o seu consumo. Assim, torna-se imperioso um combate sem tréguas ao tráfico de estupefacientes e, não ignorando que a saúde e integridade das pessoas são prioritárias, parece indispensável investir em programas de saúde pública que visem, em primeiro lugar, diminuir o número de pessoas que inicia os consumos e, em segundo, proteger a saúde daqueles que caíram nas malhas da toxicodependência.

A disponibilização de seringas nas cadeias, ainda que possa ser encarada como uma medida importante para a redução da incidência de doenças infecto-contagiosas no meio prisional, não deixa de ser reveladora de alguns factos que convém não ignorar:

1) Quando admite como inevitável a existência de droga nas prisões, o Estado revela-se, por razões óbvias, tristemente incapaz de combater com eficácia o tráfico de estupefacientes. Desde logo, porque o tráfico para o interior das prisões se afigura mais fácil de combater do que todos os outros tipos.

2) A existência de drogas e seringas nas prisões, dada como certa pelos organismos competentes, parece indiciar que haverá cúmplices desse tráfico que não estão a ser devidamente investigados e punidos pelos órgãos (in)competentes.

3) A distribuição de seringas sem a disponibilização de salas destinadas ao consumo torna possível que os reclusos circulem com as seringas para onde quiserem e façam delas o uso que bem entenderem.

Não estou certo que seja o melhor que podemos fazer pelos toxicodependentes que se encontram detidos, duvido que esta medida per si vá ao encontro do espírito reintegrador do sistema penal português, não acredito que contribua para proteger a segurança da maioria dos cidadãos e ainda mais me espanto com a facilidade com que se entregam estes doentes à sua própria sorte.

Eis os pincipais motivos da minha admiração, caros Max e Miguel Valério. Ainda que compreenda o alcance da medida em termos de saúde pública, não posso deixar de a olhar com alguma apreensão e uma enorme desilusão pela inversão de prioridades na política de combate e tratamento/acompanhamento das toxicodependências.

Dos Moralismos

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Como sempre se disse e repetiu, os programas de incentivo à abstinência sexual não diminuem a transmissão do VIH. Estes estudos científicos reforçam a ideia de que as políticas moralistas da administração Bush não são mais que um hipócrita, devastador e inútil desperdício de recursos que poderiam ser utilizados numa verdadeira educação sexual dos cidadãos americanos. Por cá, quem costuma apoiar entusiasticamente estas iniciativas é a Igreja Católica. Importam-se de enviar uma cópia do estudo ao senhor Cardeal Patriarca?

Morreu Lúcio Craveiro da Silva

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A Universidade do Minho anuncia, no seu sítio oficial, a morte do Professor Lúcio Craveiro da Silva, antigo Reitor e Presidente do Conselho Cultural daquela universidade. Pedro Antunes sintetiza a vida do homem que deu nome a uma das bibliotecas mais importantes da cidade. No momento em que nos despedimos do Professor Lúcio Craveiro da Silva, recordo a alegria com que participava em todas as actividades da Universidade e o carinho com que tratava todos os estudantes. Braga e Portugal estão mais pobres.

O Mundo ao Contrário

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Confesso que a ideia de disponibilizar seringas nas prisões desafia a minha inteligência. Não era função do Estado garantir que as prisões sejam locais livres de drogas e seringas? Não serão as seringas uma arma a ser utilizada contra os guardas prisionais?

Apelo

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Quem tiver alguma informação sobre Maddie, esteja viva ou morta, transmita-a urgentemente à Polícia Judiciária. Já não posso ouvir falar do assunto. E temo que daqui a uns dias, mantendo-se esta cadência insuportável de não notícias, a comunicação social portuguesa faça com que uma parte significativa dos portugueses se torne completamente insensível ao desaparecimento de crianças.

Estamos condenados a acreditar? (II)

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Helena Matos, no Blasfémias, descreve mais uma das muitas guerras contra os que se recusam acreditar, crónica de intolerência em nome de deus.

S.C. Braga 2007/08: Uma época de incertezas

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Terminada a pré-época, o Sporting de Braga apresenta-se aos sócios perante um mar de incertezas. Desde logo, a instabilidade causada pelo anúncio da saída de António Salvador que, ao que parece, está mesmo decidido a abandonar a Presidência da SAD e do Clube. Por outro lado, a aposta em Jorge Costa que, pela sua inexperiência e ausência de currículo, é um tiro no escuro que poderá sair muito caro para as legítimas aspirações do clube.

Porém nem tudo são más notícias. E a estabilidade começa logo na baliza onde Paulo Santos e Dani Mallo mantém os seus postos. A não ser que algo de anormal suceda, Paulo Santos deverá manter intacta a sua titularidade, cedendo lugar a Mallo apenas nos jogos menos importantes da Taça de Portugal. A defesa sofreu algumas mexidas com a saída de Luís Filipe e Paíto. Se a saída deste dificilmente será notada, a verdade é que Luís Filipe foi durante muito tempo dono da ala direita e muito dificilmente João Pereira apagará as boas recordações que o seu antecedor deixou no Minho. Na esquerda, Carlos Fernandes ganhou um concorrente de peso chamado César Peixoto que parece já ter ganho a titularidade pela qualidade e regularidade demonstradas em toda a pré-época. No centro da defesa, permanecerá a dupla Paulo Jorge e Rodriguez, coadjuvada pelo promovido Vitor Hugo e pelo brasileiro Anilton, contratado ao Desportivo das Aves. É bom não esquecer que esta defesa tem polivalência, uma vez que Anilton também actua na direita e que Frechaut poderá descer do meio campo para actuar tanto na direita como no centro da defesa.

O meio-campo mais recuado mantém a pedra basilar desta equipa: Madrid terá que voltar as grandes exibições se quer voltar a despertar a cobiça dos colossos europeus. Frechaut e Bruno Tiago preenchem as opções para esta posição, se bem que o último, contratado ao Gil Vicente, estará indisponível por lesão nesta primeira fase da temporada. Para fazer a transposição defesa-ataque, Jorge Costa poderá contar com o bracarense Castanheira, os brasileiros Roberto Brum (que chega da Académica) e Vandinho, o nigeriano Kareem (contratado ao Fulham) e o recém-promovido Stélvio.

No ataque reside muita da classe deste Braga. João Pinto, que dispensa apresentações, continuará a perfumar os relvados com o seu futebol mágico. Este ano terá que disputar com o internacional do Katar Hussaine. A ala esquerda fica entregue a Wender e à direita será interessante assistir à disputa entre Zé Manuel, contratado ao Boavista, e Lenny, uma promessa chegada do Brasil. A frente de ataque será entregue a João Tomás que terá como concorrentes Jailson (emprestado pelo Benfica) e Jair Baylon, um jovem internacional peruano. Philco estará fora destas contas uma vez que será, muito provavelmente, emprestado.

Como se percebe este Braga está recheado de muitos jogadores com grande qualidade individual e Jorge Costa terá várias opções para a mesma posição, ainda que a defesa pareça um pouco carenciada de jogadores. De qualquer modo, falta saber se o antigo internacional português teve mestria para fazer, com estes grandes jogadores, a grande equipa que o Braga precisa para combater em 4 frentes. É que as expectativas estão muito altas. Esperemos que não demasiado...

Estamos condenados a acreditar?

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Pedro Arroja celebra a suposta conversão de um ateu. Mas Antony Flew não se converteu. Muito menos passou a acreditar no deus das barbas brancas defendido pela tradição judaico-cristã. E se o fizesse não seria de admirar. Parece-me plausível que quem nasceu numa sociedade que, desde o berço, impõe deus como verdade absoluta, evidência (i)lógica e fatalidade inquestionável possa vir recuperar os resquícios desta crença ainda que tenha tido, nalguma fase da sua vida, um rasgo de racionalismo.

Seria de admirar (e festejar) se um ateu, educado numa sociedade ateísta (que obviamente ainda não existe), se convertesse a esse deus sem nunca lhe terem falado dele.

Uma Espécie de Ciclovia

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Ciclovia de Braga
© AC

Na véspera das últimas eleições autárquicas, Mesquita Machado mandou construir uma espécie de ciclovia na cidade de Braga. O investimento tinha retorno garantido: 1) era barato; 2) estava na moda; 3) seria bem visto pela maioria dos cidadãos desinformados; 4) o inegável oportunismo político da medida não custaria votos; 5) podia inscrever-se no caderno das promessas cumpridas.

A obra sempre me deixou imensas dúvidas. A Avenida João II foi transformada num autêntico aborto urbanístico e viário. Os carros mal cabem nas apertadas vias que lhe foram destinadas, os passeios não albergam com conforto duas pessoas lado a lado nem têm uma única sombra e a ciclovia é uma anedota. Dado o aperto geral, não admira que, repetidas vezes, os carros invadam os passeios, as bicicletas circulem na estrada e os peões caminhem perigosamente na ciclovia. Como tal, agora que as eleições ainda estão longe, seria altamente positivo que a autarquia bracarense emendasse o erro, devolvendo largura aceitável às faixas rodoviárias, alargando os passeios pedonais e colocando árvores ao longo da avenida.

Braga precisa de uma ciclovia a sério. E, se é certo que nestas matérias fica sempre bem citar os exemplos do Norte da Europa, a verdade é que o exemplo está aqui bem perto: a Câmara de Guimarães prepara-se para estender a ciclovia até ao Parque da Cidade. E Braga?

America

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[um cartoon de Daryl Cagle]

Braga por um canudo... (II)

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«Já roça, no entanto, a hipócrisia partidária ver o PS acusar o líder social-democrata "de se vergar, de se humilhar" ao participar na festa anual do PSD madeirense, quando os líderes do PS nunca se inibiram de marcar presença nos vários feudos do caciquismo socialista, junto de Mesquita Machado em Braga ou de Fátima Felgueiras em Felgueiras, entre outros casos pouco recomendáveis.»

04.08.2007 - José António Lima, Semanário SOL [via Geração Braga 2009]

Por um Portugal Científico

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A produção científica em Portugal, medida pelo número de publicações, aumentou 23%, em 2006. Os 7527 artigos e outros escritos dos portugueses, referidos pelo Science Citation Index Expanded (SCI), colocaram, pela primeira vez, o país à frente da Irlanda (7350). Em 1990, Portugal publicava o equivalente apenas a um terço da produção científica irlandesa e 1/10 da espanhola. A distância para Espanha reduziu-se para 1/5, mas deve-se ter em conta que a população é quatro vezes maior. [Jornal de Notícias]

Esta notícia só pode ser recebida com muito entusiasmo. Na ausência de ouro negro e diamantes, temos que nos valer do músculo e do cérebro das nossas gentes para retomar a convergência com a Europa. A palavra de ordem é produzir, mas sobretudo produzir com qualidade. Tão importante como saber quantos artigos científicos produzimos é saber qual o impacto daquilo que produzimos e a forma como ciência se pode conjugar com tecnologia na obtenção de mais lucros para o país.

Na hora do balanço, convém não esquecer as condições em que trabalham um número significativo de investigadores e autores, factos que a Associação de Bolseiros de Investigação Científica denuncia no seu site e que Pedro Sales relembra no blog Zero de Conduta.

Braga por um canudo...

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«ASPA, uma associação cívica de Braga
Ao cabo de anos de esforçada sobrevivência contra as piores más vontades dos dirigentes autárquicos (os mesmos desde o 25 de Abril!), conseguiu consolidar-se e não só. Entre as suas várias iniciativas conta-se um inquérito recente lançado à população que obteve um razoãvel nível de resposta. Pedia-se aos bracarenses que identificassem as sete maravilhas mas também os sete horrores de Braga. As sete maravilhas começam no Bom Jesus do Monte e seguem para as obras mais clássicas e interessantes: Sé Catedral, Mosteiro de Tibães, Largo do Paço/Biblioteca, Jardim de Sta. Bárbara, Capelas de Sta. Maria e dos Coimbras. Quanto aos sete horrores são muito instrutivos - ao contrário de tudo aquilo que as mais obscuras manobras autárquicas tentam sempre garantir como um sucesso, os bracarenses não esquecem os insultos urbanísticos com que os têm brindado. À cabeça colocaram o (des)arranjo urbanístico do célebre Campo da Vinha (obra da Bragaparques...); depois os centros comerciais Galécia e Santa Cruz; pelo meio o poluído rio Este, o Largo dos Penedos, a urbanização do Feira Nova... O inquérito permitiu entrever um acordo público contra os atentados urbanísticos e lançar um aviso sério às velhas alianças entre dinossauros autárquicos e promotores imobiliários que têm vandalizado o país e de que Braga é um dos exemplos mais clamorosos.»

04.08.2007 - Revista Única - Expresso [via O Blog dos 5 Pês]

Coisas do Mercado (II)

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Foods Tastes Better With McDonald's Logo, Kids Say (obrigado Vasco)

Coisas do Mercado

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A PTM comprou a Bragatel. A oferta de televisão por cabo em Braga fica assim limitada, sem qualquer concorrência, à... TV Cabo. É o mercado a funcionar.

Onde estão os defensores da moral e da causa pública?

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Ao cuidado dos detractores do negócio SCBraga-AXA: a Câmara de Guimarães pagou, com o dinheiro dos vossos impostos, o fogo de artifício da festa de apresentação do Vitória.

Ninguém diz nada?
Ou será que as vossas investidas moralistas não passam de uma obsessão anti-Braga?

Estranhas Causas

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1. Nunca imaginei ver Vital Moreira a pedir mais ensino privado. Na realidade, não existe ensino privado em Medicina porque nunca houve nenhum projecto com qualidade suficiente para ser aprovado.

2. Não há falta de médicos em Portugal (todas as estatísticas internacionais comprovam este facto). O que existe é uma distribuição desigual e um funcionamento ineficiente dos serviços de saúde.

3. A questão do "direito das pessoas escolherem a sua profissão" não é mais que lenha para a fogueira da obsessão social de se ter que ser médico a todo o custo.

3.1. Todos os cursos têm numerus clausus. Existirão imensos jovens que gostavam de ser advogados e não conseguem ingressar em Direito nem tão pouco no Ensino Superior - nunca vi ninguém preocupado com isso a reclamar mais vagas para Direito. Nem para qualquer outro curso. Porquê reclamá-las para a Medicina?

3.2. Dar o curso de Medicina a quem o quer, como se de uma bem-aventurança se tratasse, nao resolve nem o problema da vocação nem a questão do direito das pessoas escolherem a profissão. Como não há condições para aumentar, com dignidade, o número de licenciados em formação pós-graduada, formar-se-ão muitos mestres em Medicina que nunca poderão ser médicos.

3.3. Se as pessoas devem ter o direito a escolher a sua profissão, porque motivo não se insurge Vital Moreira contra o facto de Correia de Campos estar a forçar uma geração de médicos a ingressar na especialidade de Medicina Geral e Familiar, por via do numerus clausus?

Moral da história: prometer mais vagas em Medicina dá votos mesmo que se encerrem inúmeros serviços de saúde por todo o país.

Alto Minho e as suas terras

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Hoje fui passear pelo Alto Minho, a terra onde o verde mais que verde abraça o azul carregado dos rios e do mar. Aldeias, vilas e cidades que guardam uma herança histórica pintada de branco e granito, que se vai conjugando com a modernidade que se escreve de cinzento cimento.

Por ali, mais do que em qualquer outro lado, pude sentir o peso das gestões autárquicas na manutenção do equilíbrio entre verde, azul, branco e cinzento. Este equilíbrio foi levado ao expoente do bom gosto em Vila Nova de Cerveira, uma terra onde passado e presente se conjugam com invulgar sobriedade. Já entrar em Valença é penetrar num inferno de prédios horrendos e desalinhados, onde a história já não tem lugar. O que sobressai são os centros comerciais dos anos oitenta que, por certo, alimentaram bolsos amigos e não deixaram para a posteridade mais que uma visão de horror, à espera da tardia demolição. Monção não ao presente, quedando-se num tempo que já não é o nosso - a monumentalidade mantém-se (e a herança do passado é bem mais vasta que em Cerveira), mas tem faltado a argúcia para reabilitar o centro histórico e retirar do abandono tanta casa bonita. Antes assim que matar a terra asfixiada em cimento como fizeram em Valença do Minho.

Nada sei das histórias autárquicas ou partidárias destes concelhos, mas isso é absolutamente irrelevante porque a diferença está mais nas pessoas do que nos partidos.

Cultura: Jobs for the Boys

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O afastamento de Dalila Rodrigues, tal como sucedera nos casos Charrua, Balbino e Vieira do Minho, é mais um sinal do incómodo do governo socialista com a liberdade de expressão. Uma coisa é certa: depois desta entrevista, Manuel Bairrão Oleiro continuará em funções.

Acabou.

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Foram seis anos de trabalho e de trabalhos, de conquista e de conquistas, de sucesso e de sucessos, de amizade e de amizades... Emocionadamente chegaram ontem ao fim. Obrigado.

Braga no Verão: "Três em Linha" à espera do Inferno

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No regresso da sua programação regular, o Theatro Circo apresenta Burla, o Festival do Burlesco. «Marcando o relançamento da actividade cultural pós-férias, o festival vai juntar o ‘glamour’ e a sensualidade das ‘pin-up’ do ‘The Glam-O-Rama Girly Show’ com o humor do excêntrico Tomás Kubinek, o estilo inesperado das versáteis Vermillion Lies e o misticismo e magia do Lucent Dossier Vaudeville Cirque. [correio da manhã]».

No entretanto, a Velha-a-Branca, o Museu Nogueira da Silva e a Livraria Centésima Página não foram de férias e inauguram hoje, em simultâneo, três exposições de arte, numa parceira denominada "Três em Linha". A visitar.

Noutro domínio, o blog Georden anuncia que vêm aí o inferno, a própósito da construção dos novos centros comerciais na cidade de Braga: «Quem conhece um pouco da Europa sabe que os espaços comerciais de grande dimensão estão em regressão e, em alguns países (com tradição de grandes armazéns), sempre tiveram uma expressão proporcional à população e dimensão em questão. Todavia, mesmo nestes, a localização “tradicional” do centro comercial respeitava uma geografia definida, sita normalmente em nós de saída para vias principais, em áreas, de cariz suburbano (pelo menos). Em Braga, Portugal (não é África), nada disto foi sequer considerado (grande parte das decisões urbanísticas são tomadas em jantaradas), previsto, ou, à falta de melhor, “temperado”, aproveitando a história da cidade e os seus eixos normais de crescimento. Fez-se, em muitos casos, tábua rasa e começou-se do zero. Com consequências. O arrojo do “moderno”, outrora ainda travestido de ideal de “desenvolvimento” revela-se agora despido de preconceitos, e avança inexoravelmente para a betonização total da cidade.» De facto, há outras coisas que não se compreendem na saga das novas superfícies comerciais bracarenses: 1) a construção do Braga Retail Center junto a uma zona de alta densidade de construção e de grande quantidade de tráfego viário; 2) a concentração dos novos centros na zona Norte da cidade; 3) o abandono do centro da cidade, acentuado com a sangria das chamadas lojas-âncora que se concentram nos centros comerciais periféricos.

Por seu turno, a ABRA está a promover uma campanha de adopção de animais nos dias 4 e 5 de Agosto, na Rua do Castelo, em Braga. Conferir mais informações aqui.

O Veto Presidencial

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Cavaco Silva vetou o Estatuto dos Jornalistas, apresentado pelo Governo como a luta contra o 'jornalismo de sarjeta'. Depois de ter mantido a Directora Regional de Educação do Norte, parece óbvio que José Sócrates também não se envergonhará de manter Augusto Santos Silva. De qualquer modo, convém aguardar pela tomada de posição do líder do PS/Porto que parece ser quem põe e dispõe dos cargos da função pública e do Estado Português.

Lembras-te?

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“Se o sonho é já por si uma memória, sem memória poderá o indivíduo sonhar?”

José Cardoso Pires, De Profundis.

O Culto do Ridículo (II)

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A própósito da tranferência de Luís Filipe do Braga para o Benfica, diz a jornalista da SIC que o jogador vai vestir de encarnado durante as próximas quatro épocas. Estranho equívoco que só pode vir de uma mente que acha que só um clube veste de encarnado neste Portugal encardido. De encarnado já o jogador vestia. Agora vai vestir cor de rosa.
"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

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