Avenida Central

A Naifa. 7 de Dezembro. Theatro Circo.

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Renascença prescinde da isenção informativa

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A Rádio Renascença (RR) prescindiu da isenção informativa (a que nunca nos habituou) e assumiu posição no próximo Referendo acerca da despenalização da IVG.
Cai por terra a ideia que a Igreja tem tentado passar de que não intervém na campanha do Referendo. A RR é propriedade do patriarcado de Lisboa da ICAR e da Conferência Episcopal Portuguesa e, como tal, é um instrumento ao serviço da Igreja ao longo da próxima campanha.
Por outro lado, torna-se claro que a RR não é uma rádio com informação isenta e credível. Neste caso assumiram. Em todos os outros presumimos que não tomam idêntica atitude na defesa dos valores em que acreditam.
O Sindicato dos Jornalistas já considerou que "é absurdo que um órgão de informação tome uma posição colectiva sobre uma matéria deste teor".

Respeitamos a posição da RR, dos seus administradores e dos seus jornalistas.
É que, se o não fizerem, ainda acabam a arder no inferno.

Insólito

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«O Bastonário da Ordem dos Médicos de Portugal, Pedro Nunes, ofereceu a colaboração da instituição, através da integração obrigatória no plano de especialização dos médicos portugueses de um período em Países Africanos de Língua Portuguesa, mas também do apoio aos estudantes cabo-verdianos, com a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian.»

Será que os jornalistas caboverdianos compreenderão bem?
Será que o Bastonário disse o que queria dizer?
Não me parece grande ideia. Mas aguardo mais desenvolvimentos.

Setenta e um anos na véspera de não partir nunca

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Foi a 30 de Novembro de 1935 que secou a maior torrente criativa da língua portuguesa.
Ninguém como ele foi tão longe no uso da língua para lhe dar nova vida. Ninguém como ele foi tão sublime na criação de um imaginário aparatoso em que nos perdemos sem perceber, afinal, onde acaba o poeta e começa o Pessoa. Ninguém como ele conseguiu dar tantas formas diferentes e novas à palavra. Ninguém como ele esteve tão longe e tão perto da "véspera de não partir nunca".

«Na véspera de não partir nunca
Ao menos não há que arrumar malas
nem que fazer planos em papel,
com acompanhamento involuntário de esquecimentos,
para o partir ainda livre do dia seguinte.
Não há que fazer nada
na véspera de não partir nunca.
Grande tranquilidade [...]
Que repouso, depois de tantas viagens, físicas e psíquicas!
Que prazer olhar para as malas fitando como para o nada!
Dormita, alma, dormita!
Aproveita, dormita!
Dormita!
É pouco o tempo que tens! Dormita!
É a véspera de não partir nunca!»


Álvaro de Campos

QT - Round 3/8

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Homenagem.

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Faz-me o favor...


Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor - muito melhor!
Do que tu. Não digas nada.
Sê Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

Mário Cesariny, 1923 - 2006.

Por uma questão de coerência

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Esta frase "É crime, é um acto contra a vida, logo a lei deve obrigatoriamente ser aplicada!", publicada no Filtragens, representa a posição inúmeras vezes repetida pelos pró-prisão.
Se o NÃO ganhar ainda vamos ouvi-los clamar que sejam enviadas para a gaveta todas a mulheres que abortaram por haverem sido violadas ou por malformações do feto.
Tudo, por uma questão de coerência.

Harrison

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Faltam cerca de 12 meses para me submeter ao famoso exame Harrison.
Imaginemos que eu quero ser ortopedista. Pode suceder que se me esquecer de que "o gene NKX2-5 no cromossoma 5q35 é importante na regulação da septação cardíaca" não o venha a ser.
Isto sucede porque, na seriação dos licenciados em Medicina para a escolha das diferentes especialidades, o que conta são os conhecimentos minuciosos das intermináveis páginas de um livro (único!) acerca de 5 temas (cardiologia, pneumologia, nefrologia, hemato-oncologia e gastroenterologia). E nada mais.

E, perante isto, que dizem os estudantes de Medicina (através da ANEM)?
Que é preciso criar uma comissão de acompanhamento.

Que haja comissões! E que haja paciência!

O Novo Estado (III)

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Fechar a escola a cadeado é crime.

Guerras Religiosas (I)

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Os sectores mais radicais da sociedade turca não querem que o Papa visite a Turquia. É curioso que o partido islamita, o mesmo que quer confundir o estado turco com o Islão, insista em rejeitar a visita do Papa alegando motivos estritamente religiosos. Outros, porém, rejeitam-na com base nas sucessivas ingerências do Vaticano nos assuntos políticos internos dos países visitados pelo Papa. Como se viu na recente visita a Espanha, Joseph Ratzinger insiste em misturar religião, ciência e política. Esperemos, pois, que os mais mal intencionados não confundam as razões que levaram meia-Espanha a recursar-se a esperar pelo Papa com os motivos dos radicais islâmicos que não querem o Papa só porque a transcêndencia deste é diversa da daqueles.
E nesta guerra entre muçulmanos e cristãos, não tomo partido. Que se entendam. Se não conseguirem, os respectivos deuses encarregar-se-ão de chegar a acordo. Concerteza.

Coincidências

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Não deixa de ser estranho que depois das críticas ao árbitro do jogo que antecedeu o Porto-Benfica, tenha sido nomeado o árbitro preferido de Luís Filipe Vieira para as vésperas do jogo com o Sporting.

O ocaso

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Depois de perder a Capital da Cultura, Braga vai perder a Bracalândia (como já havia sido aqui anunciado). São duas estrondosas derrotas para o poder autárquico liderado por Mesquita Machado.
E que dizem agora os que garantiam que a Bracalândia havia de ficar no Concelho? Que Braga há-de ser capital da diversão todos os dias? Que se vai construir um parque verde em Lamaçães? Que existe o estádio? Que a Bracalândia não era importante? Que as suas 200.000 visitas/ano são negligenciáveis? Que o Instituto Ibérico cria mais emprego e, portanto, não se perde nada? Que era impossível manter os dois projectos em Braga?
Haja vergonha. Assumam-se os erros e as derrotas.
Ainda vamos a tempo de colocar Braga no século XXI.

Sobre o chá e a falta dele

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É melhor ser intelectualóide por um dia que permanecer na ignorância toda a vida: os pró-prisão confundem crianças com embriões e embriões com fetos.

«Embrião
É o concepto quando está em sua fase de diferenciação orgânica, da segunda à sétima semana depois da fecundação, etapa conhecida como período embrionário. Origina-se do embrioblasto, estrutura multicelular que, em conjunto com o trofoblasto e a blastocele, constitui o blastocisto recém-implantado no endométrio. O período embrionário termina na 8ª semana depois da fecundação, quando o concepto passa a ser denominado de feto.

Feto
Chama-se de feto o estágio de desenvolvimento intra-uterino que tem início após oito semanas de vida embrionária (sendo conhecido antes como embrião) e vai até o fim da gestação. Após o parto, o feto passa então a ser considerado um recém-nascido.

Criança
Uma criança é um ser humano no início de seu desenvolvimento. São chamadas recém-nascidas do nascimento até um mês de idade; bebê, entre o segundo e o décimo-oitavo mês, e criança quando têm entre dezoito meses a doze ou catorze anos de idade, aproximadamente.»

O Novo Estado (II)

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Licenciar loteamentos legais é crime.

Sobre os caldos e a falta deles

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Pois é, mas os elefantes também não metem os elefantinhos prematuros na incubadora.
Será este post uma sugestão? Devíamos deixar morrer os bébés prematuros?
Que eles só sobrevivem em caldo de cultura é um facto...

Será corporativismo?

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Parece-me exagerado (acho que tenho direito a achar uma decisão judicial exagerada!) que um cidadão tenha sido condenado por escrever num jornal:
"A justiça que me deu a magistrada deste tribunal foi igual à falsa cor que tinham os seus louros cabelos".
Num país onde tantas ausações públicas e ataques pessoais graves se fazem sem consequência, não haverá o direito de se achar que não foi feita justiça?
Estarão os juízes acima da crítica?
Quando veremos um juíz condenado por negligência?
Porque é que a justiça nisto foi tão célere e no resto não é?

Expresso, como cidadão, a minha completa descrença na justiça nacional. Haja paciência!

Eleições na Holanda

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CDA (cristãos-democratas) - 41 (44 nas legislativas de 2003);
PvdA (trabalhistas) - 32 (42);
SP (socialistas, esquerda alternativa) - 26 (9);
VVD (liberais, direita) - 22 (28);
PVV (liberdade, populistas) - 9;
Verdes (ecologistas e ex-comunistas) - 7 (8);
CDU (cristãos-sociais, centro-esquerda) - 3 (6);
D66 (sociais-liberais, centro) - 3 (6);
SGP (protestantes, direita) - 2 (2);
LPF (populistas) - 0 (8);
PvdD (defensores dos animais) – 2.

Via Arrastão.

O Novo Estado (I)

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Passear é crime.

Portugal volta ao laranja

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Marques Mendes deve estar a sorrir...

O mais bonito do mundo

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[citação do dia]

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«Acabou-se a Festa da Música. O Rivoli era para poucos e isso era inaceitável. O CCB era para muitos e isso era caro. A partir de agora, só se subsidia o que for para muitos e muito barato.»

Daniel Oliveira, no Arrastão

Theatro Circo

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O Theatro Circo regressou à cidade de Braga com um enorme sucesso.
Um cartaz de qualidade e uma vontade inusitada de todos os bracarenses de revisitar um espaço superiormente restaurado têm sido os condimentos essenciais dos sucessos de bilheteira que se repetem.
Mas, que esperar do Theatro Circo?
O que se espera é que o Theatro Circo mantenha a qualidade, que consiga atraiar novos públicos e que se volte a ligar à cidade. A Companhia de Teatro de Braga é um desses pontos de ligação, mas não pode ser o único.
A polémica em torno da tradicional festa dos estudantes do Primeiro de Dezembro é um sinal de que existe vontade de levar a cidade, em toda a sua plenitude, ao Theatro. Mas, um espaço daquela qualidade não pode albergar qualquer tipo de espectáculo. Os grupos universitários têm, com toda a certeza, qualidade para actuar naquele palco mas nunca numa festa com os moldes conhecidos do Primeiro de Dezembro. O "Coro Sobre Azul", projecto conjunto da Azeituna e do Coro Académico da Universidade do Minho, é um exemplo de iniciativas adequadas àquele recinto e que, com toda a certeza, terão acolhimento por parte da Direcção Artística do Theatro.
O Theatro que não se quer banalizado também não pode fechar-se numa programação excessivamente elitista, porque essa não é a sua missão.
Aguardemos, pois, o cartaz de 2007.

Só para dizer que...

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... tenho os melhores amigos do mundo!

Obrigado a todos!

Justiça!

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Fernando Santos andou a dizer que isto dos treinadores novos é como os melões. Estava longe de imaginar o melão que tinha que levar para Lisboa depois da 7º chapa 3 da época.

Ricardo Rocha foi o outro protagonista. Depois de tratar mal a mão que já lhe deu o pão, insultou os adeptos do Sporting de Braga enquanto festejava o golo que marcou. Acabou com muitas culpas no 3º golos dos arsenalistas.

Lê-se, hoje, no lisboeta Record que "com adesão de adeptos proporcional as crescimento desportivo, o Sp. Braga voltou ontem a ter, nas bancadas, a maioria clara que se tornou hábito na era Jesualdo Ferreira. A tradicional enchente encarnada nos jogos da "pedreira" é cada vez mais um mito caído em desuso e mal as claques benfiquistas se manifestavam, eram abafadas de pronto pelos homólogos locais. Só quem não salta é lampião!"

No entretanto, nunca é demais repetir, como ontem se viu, que
Ninguém pára o B3nfica!

E porque não deter os responsáveis pela manutenção desta vergonha?

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A pérola da semana

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«As substituições de treinadores costumam ser como os melões: só depois de abertos é que se consegue ver alguma coisa e normalmente estão estragados.»
Fernando Santos, treinador do Benfica

Economia da Saúde

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Aqui ficam sugestões de leitura para o Ministro da Saúde:

Princípio de Pareto
O princípio de Pareto (também conhecido como princípio 80-20) afirma que para muitos fenómenos, 80% das consequências advém de 20% das causas.

E, já agora, veja também a Lei de Amdahl.

Inovar

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A Mesa da Reunião Geral de Alunos da AAUM lançou um campanha na RUM para apelar à participação na próxima RGA, dia 23 de Novembro.
Ouçam aqui.

Vem o Instituto, vai a Bracalândia!

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O Instituto de Investigação Ibérico vai ficar sedeado em Braga. A garantia será dada durante o dia de hoje pelo Ministro da Ciência e da Tecnologia, Mariano Gago. O Instituto ficará localizado nos terrenos da Bracalândia, o que significa que o maior parque de diversões do país abandonará o concelho bracarense, já muito carente em termos de espaços de lazer.
Será que esta gestão autárquica não consegue gerir bem um processo do princípio ao fim?

BlogStorm

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Uma questão difícil, no Blasfémias, expressa bem o que entendo sobre o próximo referendo: concordo com a despenalização. Discordo da inclusão da IVG no Serviço Nacional de Saúde.

Governo e partido só se devem misturar nas boas notícias, uma excelente análise do socratismo vigente.

Os bispos uivam, mais um excelente texto no Diário Ateísta.

O triste número do dia, em Devaneios Desintéricos.

ABC segue invencível

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O ABC de Braga venceu, esta noite, o Futebol Clube do Porto seguindo invencível na liderança da Liga de Andebol.
Esperemos que esta época confirme o ABC como a melhor equipa do panorama do andebol nacional.

Pluralidade

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Porque não assumir a governamentalização da RTP?
As contas e a análise das greves dos últimos dias não deixam muitas dúvidas...

[momento]

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A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.



poema de Fernando Pessoa
imagem de Sabyasachi Talukdar

Estranhas prioridades

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Não é novidade para ninguém que se assiste a uma profunda inversão de valores no que diz respeito à relevância dada pela Comunicação Social aos diferentes aspectos da vida nacional e internacional.
A título de exemplo, decidi comparar, com base na informação disponível no portal destakes.com, o número de notícias cujo título referia as palavras "Braga" e "Guimarães", ao longo dos últimos 3 meses (ver gráfico).
A primeira informação relevante é o facto de "Braga" ter sido (quase) sempre mais referenciada do que "Guimarães" ao longo dos últimos 3 meses. A excepção é o dia 7 de Outubro, data do anúncio da escolha daquela cidade como Capital Europeia da Cultura (A). Outro dado que acaba por surpreender é o facto de, apesar da importância da efeméride e da relevância internacional da mesma, o número de publicações nacionais que lhe deram destaque ficar aquem das referências a Braga noutras datas que em 11 dos últimos 90 dias teve mais citações do que Guimarães na data do anúncio da Capital Europeia da Cultura.

Mas o que justifica tamanha preponderância de notícias com a palavra "Braga" relativamente a "Guimarães"?
O futebol. Está claro!
Todos os dias em que "Braga" foi referenciada em mais de 20 notícias de órgãos nacionais estão relacionados com o percurso da sua equipa de futebol. 3 de Outubro é o dia com mais notícias que, concerteza comentavam a vitória da equipa local sobre o Futebol Clube do Porto conseguida na véspera (5). A vitória sobre o Porto suplantou o número de notícias nos dias em que o Braga venceu a 1ª Eliminatória da Taça UEFA (4) e em que venceu o Liberec por 4-0 (10). Fica claro que interessa mais aos órgãos de comunicação social nacionais uma vitória sobre o FC Porto doque uma vitória histórica sobre um clube europeu.

Em conclusão
Estes dados vêm confirmar uma tendência que já era conhecida: a comunicação social nacional não escolhe as notícias de acordo com a relevância que estas têm, mas sim ao encontro dos gostos da maioria. Um jogo que envolva os 3 grandes tem mais destaque que um jogo em que um clube português faça história. Um banal jogo da nossa liga doméstica (Naval-Braga, em 23/10, por exemplo) tem mais relevância que o anúncio de uma Capital Europeia da Cultura.
Estranhas prioridades.

Capital Europeia da Cultura

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Religious Architecture
© stukinha

Guimarães será Capital Europeia da Cultura. É um facto que deve orgulhar todos os minhotos. Mas o regozijo não pode impedir a crítica a uma escolha que, não sendo consensual, nunca foi justificada pelo Governo.

O Governo escolheu Guimarães como Capital Europeia da Cultura sem explicitar quais os critérios que presidiram a tal decisão. Mesmo sabendo que não seria difícil inventar critérios que assentassem na perfeição ao burgo vimaranense, o Governo isentou-se de o fazer no uso do poder despótico e, mesmo, abusivo que o vem caracterizando. A discussão pública foi simplesmente inexistente. A decisão foi anunciada como se fosse algo óbvio ou consensual. Mas não o era. A surpresa gerada pelo anúncio foi tamanha que a própria Comissão Europeia levantou muitas dúvidas à forma como o Governo geriu todo o processo. É que, não havendo discussão nem critérios, fica a ideia de que a escolha foi um negócio entre 2 das maiores câmaras socialistas do país: a Guimarães deu-se um título efémero como pagamento por um Instituto Ibérico de Investigação e uma Estação de TGV a título definitivo para Braga.

Num simples exercício de comparação, depressa percebemos que Guimarães apenas bate Braga em termos de dinamismo cultural. E isto sucede porque Braga tem tido um executivo socialista que despreza a cultura e o ambiente como se fossem áreas negligenciáveis da governação autárquica. Porque no resto, Braga ganha em tudo: tem mais e melhores museus, tem mais monumentalidade arquitectónica, tem salas de espectáculos de grande qualidade, tem um Estádio que é um museu, tem gente e tem espírito cosmopolita.

Se me perguntarem se prefiro o Instituto de Investigação, é óbvio que respondo que prefiro. Mas isso não isenta o Governo de haver feito uma escolha criteriosa.

Sobre o Despacho de Rui Rio...

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Rui Rio teima em marcar o Porto pela negativa [ainda não se convenceu de que os cargos são efémeros].
Abstenho-me de contestar, do ponto de vista da razoabilidade, o Despacho em que decide deixar de atribuir subsídios à cultura portuense.
Trata-se de um documento ilegal e que, como tal, terá que ser suspenso.
Quem o diz é o Professor Carlos Abreu Amorim, no Blasfémias.

Estados Unidos da América

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O anti-americanismo primário é do mais patético que existe e denota um sentimento de inveja europeia que, em vez de nos fazer crescer, nos ajuda a definhar.
Os Estados Unidos da América não são o inferno mas também não são o paraíso.
Orgulho-me de ser europeu. Acredito na manutenção de um modelo social europeu, distinto da organização social americana e desejo que a Europa assuma uma política externa que não seja, como tem sido, um estender de tapete aos E.U.A.

Mas, a América não pode confundir-se com os seus governantes. Bush tem sido um dos piores homens da humanidade e tem conduzido o seu país por caminhos que julgávamos impossíveis no século XXI. A Guerra do Iraque foi um desastre. Os verdadeiros motivos da empreitada são um desastre ainda maior.
Mas os motivos de preocupação relativamente à América não se esgotam em Bush e na sua equipa. Os Americanos são estruturalmente conservadores.

Que outro país conseguiria fazer coabitar a mais avançada investigação científica do mundo com a ideia medieval de fazer voltarem aos bancos de escola as teorias criacionistas da origem da vida?
Que outro país votaria, em 2006, banir o direito ao casamento homossexual em 7 Estados?
Que outro povo, mesmo perante os últimos desastres meteorológicos, rejeitaria a criação de um fundo para a investigação e desenvolvimento de energias alternativas?
Que outro pais?

Temo que, em breve, a american way of life não seja mais que um sério e preocupante retorno à Idade Média.

[perspectivas]

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Fotografia de Daniel Camacho

Por estes dias...

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... descobrimos que querem condenar Saddam Hussein à morte por enforcamento. Espantosa pena, aplicada no culminar de um processo liderado por um país que o nosso Primeiro Ministro (disse bem, José Sócrates) considera "um exemplo de humanismo". ... descobrimos que o tema do aborto fará parte das nossas vidas durante os próximos meses, alimentando acaloradas discussões, homílias polémicas e argumentos maquiavélicos. ... (re)descobrimos que o que se diz em campanha são meros tango(a)s para embalar o povo. O nosso Primeiro Ministro mentiu descaradamente quando disse que as SCUT's não seriam taxadas tal como mentiu quando disse que não haveria aumento de impostos.
... descobrimos que o interior de Portugal vai continuar a ser encerrado, serviço após serviço, reduzindo a deserto quilómetros e quilómetros de país.
... descobrimos que o Governo vai investir mais de 30 milhões de euros em propaganda (e descobrimo-lo com a mesma passividade com que há uns meses descobrimos que a RTP está governamentalizada).
... descobrimos que, mesmo descobrindo isto tudo, continuamos a ver a Floribella e os Morangos como se não tivéssemos descoberto nada.

prólogo

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Esta Avenida,
que se faz de Braga,
quer ser do tamanho do mundo.


É uma Avenida em que cabem
todas as palavras,
todos os sonhos
e todas as ideias.

"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

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